A palavra está correta e é um regionalismo. Note-se que, embora se trate de um regionalismo, não contraria ele a possibilidade de ser considerado correto. Pelo contrário, tal apenas significa que tem uso de âmbito regional, sem fazer parte do conhecimento lexical de todos os falantes do português.
Três dicionários – o de Cândido Figueiredo, na sua edição de 1913; o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, na edição de 1991, pelo Círculo de Leitores; e o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, publicado em 2001 – dizem ser proveniente do Minho. Nestas três fontes, a palavra é definida como o mesmo que volta ou «curva do rio».
É de assinalar que revolta, com este significado, faz parte do chamado património lexical comum ao português e ao galego, visto que o portal Tesouro do Léxico Patrimonial Galego e Português ilustra o emprego dessa forma na referida aceção ou em aceções afins com exemplos provenientes quer da Galiza quer de Portugal. O Dicionário da Real Academia Galega também acolhe revolta em aceção semelhante: «Cambio moi pronunciado na dirección dun camiño, estrada etc.». Finalmente, o Dicionário Estraviz define revolta de modo similar: «Volta ou curva de um rio ou caminho».