A omissão do clítico pode ocorrer em contextos de coordenação de orações onde os clíticos são posicionados antes do verbo, em próclise. De acordo com Gabriela Matos (in: M. Mateus, A. Brito, I. Duarte e I. Faria, Gramática da Língua Portuguesa, pp. 834), uma única ocorrência do clítico recupera a referência associada a cada verbo. Por isso, podemos ter, ou não, a repetição do clítico:
(1) «Precisamos verificar o que se come e bebe naquela região.»
(2) «Precisamos verificar o que se come e se bebe naquela região.»
Muitas vezes, a repetição desses pronomes pode ser feita por uma questão de ênfase, clareza ou estilo, mas não é, portanto, uma exigência gramatical.
Há ainda uma outra situação presente em (3):
(3) «Precisamos verificar o que se come e o que se bebe naquela região.»
Também esta repetição do pronome relativo que é facultativa e a escolha em repetir ou omitir este pronome está também associada a razões estílisticas.