Tem o consulente toda a razão na observação que faz ao que se afirma nesta resposta.
Com efeito, aí não nos pronunciámos sobre o facto de o valor do quantificador todos ser algo redundante na frase, o que leva a que seja preferível a sua omissão, uma vez que a frase apresentada em (1) detém praticamente o mesmo valor da que se apresenta em (1a);
(1) «Nós somos seus fãs.»
(1a) «Nós somos todos seus fãs.»
O uso de todos na frase apenas se justificará em situações em que se pretende enfatizar a quantidade e a uniformidade perante uma dada situação.
Este mesmo aspeto é reiterado por Miguel e Raposo na Gramática do Português, quando afirmam «O uso explícito de todos é usualmente evitado por ser redundante e por tornar o enunciado pragmática e estilisticamente “pesado”, a menos que o falante queira enfatizar o aspeto quantitativo»1.
Disponha sempre!
1. Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, p. 825.