A expressão apresentada configura um ato ilocutório diretivo indireto, na medida em que tem a intenção de levar o interlocutor a realizar uma ação, neste caso a de se levantar.
A frase é introduzida pela expressão fixa «que tal» que, neste caso, funciona como um constituinte interrogativo. Em termos semânticos, a frase apresentada é equivalente a uma frase condicional como a que se propõe em (1):
(1) «E se te levantasses?»
O modo infinitivo que acompanha a frase, como acontece em (2), poderá traduzir alguma neutralidade em termos temporais, estando orientado sobretudo para um valor de modalidade deôntica (nos casos em apreço):
(2) «Que tal filmar esta cena?»
Note-se que o constituinte «que tal» pode ainda não ser acompanhado de verbo, mas apenas de nome:
(3) «Que tal o filme?»
É certo que os usos com o constituinte «que tal» merecem uma análise mais aprofundada que, neste espaço, não nos é possível desenvolver.
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