De facto, o verbo nomear, como um dos verbos transitivo-predicativos, seleciona um argumento interno com a relação gramatical de objeto/complemento direto e, também, a de predicativo de complemento direto, que funciona como núcleo do complemento direto, como predicador secundário.
Não haveria, decerto, qualquer dúvida se se tratasse de uma frase na voz ativa:
Analisando as frases:
Passando-as para a passiva:
«Quando ele/o João foi nomeado governador civil.»
Ora, como sabemos, o complemento direto da ativa é o sujeito da passiva. Portanto, se, na ativa, o predicativo do complemento direto era o núcleo do complemento direto, concordando com ele em género e em número, as relações entre os dois constituintes — complemento direto e predicativo do complemento direto da ativa — mantêm-se na passiva, razão pela qual «governador civil» passa a predicativo do sujeito.