O ditongo ou representava, no Português antigo, a evolução normal do ditongo latino au: touro, de «tauru-»; ouro, de «auru-»; louro, de «lauru-». Distiguia-se do ditongo oi, que tinha outras proveniências. A partir do séc.XVI, porém, passaram a alternar, ao que parece por influência da pronúncia peculiar aos judeus. Gil Vicente põe na boca das personagens judias das suas farsas a pronúncia «oi» em vez de «ou». Hoje, a alternância ainda se verifica, mas há formas que vão caindo em desuso: cousa, noute, tesoiro, oiro etc.