Apesar da formação de musicista ser explicável com unidades morfológicas da língua portuguesa (o radical de música e o sufixo -ista), trata-se provavelmente de um italianismo, musicista, que se adaptou facilmente ao português.
Tendo em conta as fontes aqui consultadas, não se deteta preceito nem doutrina que condene o uso de musicista.
Contudo, músico seja, em Portugal, o vocábulo mais corrente para designar quem executa peças musicais. O Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa regista a palavra como adjetivo e nome, nas seguintes aceções: «1. Música (pessoa) que compõe e executa música; sinónimo músico. 2. pessoa que aprecia e é versada em música». Com argumento de se confundir por homonímia com o nome música, «arte de combinar os sons», há falantes que hesitam perante a forma do género feminino correspondente a músico, ou seja, música (ex. «ela é música»), mas não se encontra razão para condenar esta palavra.
No Brasil, um musicista é também um autodidata em música (cf. Dicionário Houaiss).