A rima não se define por razões semânticas, o que não significa à seleção de palavras para rima não assistam razões desse tipo.
Mas, independentemente de motivos semânticos, observe-se que, no português do Brasil, a vocalização do /l/ em final de palavra, como em papel, ou a fechar sílaba, como em calma, que se verifica em grande parte dos dialetos deste país, permite que papel rime com com chapéu, e calma, com trauma, o que é totalmente legítimo.
No português de Portugal, não existe tal vocalização (pelo menos, não na pronúncia-padrão), e, portanto, geralmente, papel não rima com chapéu.