Admitem-se as expressões «no Saldanha» ou «na Saldanha», se se considerar como válida a omissão de vocábulos que completam o sentido do enunciado.
Não é de estranhar, se se disser: «No largo do Saldanha há uma festa.» Da mesma forma, é aceitável afirmar-se: «Na praça do Saldanha existe uma estátua.» A omissão dos vocábulos “largo” e “praça” originam as seguintes frases: «No Saldanha há uma festa» e «Na Saldanha existe uma estátua», respetivamente.
Da mesma forma, se diz: «Vamos a um restaurante na [praça] Luís de Camões» ou «Vamos ao Camões beber um copo.»
A omissão também acontece com as ruas: «Ela foi à farmácia da Bela Vista.»
A expressão «em Saldanha» não parece a mais correta, uma vez que, sendo o topónimo baseado num nome próprio, Saldanha, tendo em conta a regra geral, este termo deve ser precedido por um artigo. Relativamente a estas questões, poder-se-á consultar a obra de José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa.