A palavra beta, no sentido de «versão experimental (de programa informático)», é usada como adjetivo dos dois géneros*. Nesse caso, não é obrigatório o hífen; na verdade, até já se regista beta como adjetivo dos dois géneros, tal como acontece com lisboeta, o que permite aceitar «leitora beta» e «leitor beta», sem hífen, tal como se escreve «leitora lisboeta» e «leitor lisboeta».
Acrescente-se que «leitor beta» é a tradução do inglês «beta reader», denominação do leitor não profissional que lê um livro geralmente de ficção no intuito de propor correções e alterações de caráter gramatical, ortográfico, estilístico ou narrativo antes de a obra ser publicada (cf. Beta reader, artigo em espanhol na Wikipédia).
* O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista beta como adjetivo de dois géneros que se aplica ao «que constitui ou é relativo a uma versão experimental ou de teste de um programa informático ou afim (ex.: versão beta)». O dicionário da Porto Editora inclui como subentradas de beta as expressões «teste beta» e «versão beta», ambas usadas no domínio da informática: a primeira refere-se à «utilização experimental de um programa ou produto na fase final do seu desenvolvimento para deteção de problemas por parte de utilizadores selecionados (beta testers)»; e «versão beta» designa um «programa ou produto destinado a testes de verificação que é distribuído, na fase final do seu desenvolvimento, a utilizadores selecionados (beta testers)».