1. Indicativo — Conjuntivo

A assunção geral é a de que o indicativo é seleccionado quando o falante apresenta a acção como um facto ou como uma situação verdadeira. Por sua vez, o conjuntivo é o modo da expressão do não factual, do irreal, do hipotético ou do desejável.

No entanto, a selecção de um ou de outro modo verbal não é tão regular como esta descrição pode sugerir, sendo certo que o conjuntivo está dependente do tipo de construção frásica.

Assim, é possível apurar algumas regularidades:

Indicativo: na frase simples ou na oração principal de uma frase complexa.

Conjuntivo: nas estruturas de subordinação (nas orações completivas, relativas, condicionais, temporais, concessivas, finais); nas frases simples (nas formas supletivas do imperativo e nas predicações afectadas por talvez, oxalá); nas frases coordenadas (com a conjunção quer... quer).

2. Futuro do conjuntivo — Infinitivo

O uso do futuro do conjuntivo exprime uma eventualidade projectada num tempo posterior ao da enunciação.

Nas orações condicionais:

«Se eu souber de alguma coisa, digo-te.»

«Se o Zé estiver em casa, dá-lhe o recado.»

Nas orações temporais:

«Quando a professora chegar a casa, verá o bilhete.»

«Quando tu disseres, eu começo.»

Nas orações relativas:

«O Zé ajudará só aqueles que o ajudarem.»

O infinitivo apresenta a ideia pura da acção ou processo (sem determinações de tempo, modo ou aspecto) e, por isso, cumpre função equivalente à do nome ou expressão nominal.

«Eu quero bolo de chocolate.»

«Eu quero sair.»

«Sei as declinações.»

«Sei cantar.»

«Vi o Zé.»

«Vi amanhecer.»

«Ouvi cantar.»

«Ouvi cantarem.»

3. Procedimentos (sugestões)

3.1. Resolução de exercícios recorrentes que visem a distinção entre construções finitas (temporais, condicionais e relativas) e construções não finitas (com infinitivo flexionado e não flexionado).

3.2. Apresentação abundante de exemplos e resolução de exercícios de escolha múltipla sobre formas verbais não coincidentes.

Exemplos: