Alvo e objeto podem ser associados a pessoas, sobretudo quando significam, respetivamente, «centro de interesse; objetivo, finalidade» e «aquilo que é discriminado no ato de perceção, representação ou pensamento» (Dicionário Houaiss).
Encontramos este uso atestado em diversos autores, como se exemplifica abaixo (apresentamos a negrito as palavras em análise e com sublinhado o ser humano a que se referem):
(1) «São milenários e universais, não requerem uma alimentação rica em fósforo para serem interpretados, avaliados e dimensionados pela pessoa comum, e por vezes circulam por uma multidão de gente sem que o prevaricador tenha consciência da cabala de que foi alvo, nem a vítima do flanco que, de alguma forma, nos ofereceu de bandeja.» (Rita Ferro, Por tudo e por nada: crónicas.)
(2) «Mas, caso curioso e que me deixou perplexo, ela parece ter fixado em novo alvo as suas atenções; e esse alvo sou eu.» (Fialho D’Almeida, A cidade do vício.)
(3) «Mas essa moça, a quem já conhecemos tão ardente, tão entusiasta, e (digamos assim) tão nascida para amar, conservava-se no meio de tanto fogo, insensível e fria. Nem o mais leve favônio de esperança tinha conseguido um só de seus apaixonados. Mas o objeto do amor de tantos homens devia ser o despeito de dobrado número de senhoras.» (Joaquim Manuel de Macedo, O moço loiro.)
(4) «Confiado o assassino aos urbanos, tornou-se a vítima o objeto das atenções.» (Raul Pompeia, O Ateneu.)
Disponha sempre!