Não há registro de "regra-padrão" nos dicionários de língua portuguesa. Em diferentes corpora do português, é raríssimo o emprego do hífen, pelo que se deduz ser uma forma desviante da forma recorrente. Logo, a forma correta é  «regra padrão», sem hífen, em que regra é um substantivo e padrão é um substantivo com valor de adjetivo, equivalendo a «regra modelo"»(regra modelar).

A palavra só teria hífen se fosse tradicionalmente assim empregada, caso em que seria sentida como vocábulo composto. No entanto, a junção das duas não forma um todo semântico, como se dá com os demais substantivos compostos, os quais têm significado próprio e estável na língua.

O fator decisivo é a tradição de uso. Assim, termos como segunda-feira, guarda-chuva ou norma-padrão têm hífen porque a comunidade linguística os cristalizou como unidades lexicais. Eles nomeiam conceitos específicos e não admitem a livre substituição de seus elementos internos sem perda de identidade lexical.

Em contraste, combinações ocasionais como «regra padrão» ou «carro elétrico» permanecem sintagmas comuns: o substantivo mantém autonomia, o adjetivo apenas qualifica, e o sentido global resulta da composição imediata. Como não se transformaram em "palavras novas", não se hifenizam. O hífen, portanto, marca não só a estrutura gramatical, mas sobretudo a consolidação histórica de um composto no léxico da língua.

Por fim, se existisse "regra-padrão", o plural seria o mesmo de norma-padrão, como pode ser confirmado no VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), da Academia Brasileira de Letras: normas-padrão ou normas-padrões. A regra é simples: pluraliza-se só o primeiro elemento ou ambos os elementos do substantivo composto formado por dois substantivos, em que o segundo delimita o primeiro.

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