«Arte sequencial» é, de facto, sinónimo de «história em quadrinhos», «história aos quadradinhos» ou «banda desenhada». Surge como tradução do inglês «sequential art», um termo cunhado por Will Eisner. Pela lógica, a pessoa que produz «arte sequencial», tratando-se de um artista, será designado de «artista sequencial», como refere o consulente.
Por outro lado, designar essa pessoa como «artista sequencialista» parece incorreto. De facto, o sufixo nominal -ista exprime, entre outras aceções, a noção de agente, como futebolista, jornalista, propagandista (Dicionário da Língua Portuguesa, Academia das Ciências de Lisboa). Contudo, em nomes compostos, como «artista plástico», «artista gráfico» ou «especialista informático», esse elemento só se agrega aos nomes artista e especialista, e não ao segundo nome que constitui o composto.
Note-se, ainda, que o «artista sequencial» pode também ser designado como o arte-sequencialista, sendo, no entanto, um termo menos comum, assim como o há banda-desenhista, i.e., a pessoa que faz banda desenhada. Note-se que estes compostos são grafados com hífen, pois «emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio» (Base XV do Acordo Ortográfico de 1990).