Na frase em questão, recomendo o singular.
Em frases em que ocorra o verbo ser (frases copulativas), cujo sujeito seja um demonstrativo (isto) e o predicativo do sujeito um plural, o verbo concorda preferencialmente com o predicativo, como se observa em 1:
1. «Isto são os aspetos mais importantes de Cascais.»
No entanto, se o predicativo for composto, isto é, se nele estiverem coordenadas várias expressões nominais, como acontece na frase em causa, parece legítimo usar o singular:
2. «Também isto é a história, o património e a identidade cascalenses.»
O singular é possível, apesar de o predicativo ser composto e, portanto, equivaler a um plural.
Note-se que, em frases em que ocorre o verbo ser, há sujeitos complexos que não exigem o plural (ver Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, págs. 505/506), porque constituem uma enumeração gradativa ou porque são «interpretados como se constituíssem em conjunto uma qualidade, uma atitude» (ibidem); por exemplo (ibidem; manteve-se a ortografia original):
3. «A mesma coisa, o mesmo acto, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos» (Monteiro Lobato, Negrinha, 3.ª ed., São Paulo, Brasiliense, 1951, p. 4).
4. «A grandeza e a significação das coisas resulta do grau de transcendência que encerram» (Miguel Torga, Traço de União, Coimbra, 1955, p. 63).
No caso em questão, convergem, portanto, tendências diferentes (as oscilações na concordância do verbo ser e a concordância verbal com uma enumeração ou uma expressão complexa), que na prática permitem o uso do singular.