Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Sónia Isabel Gonçalves Ferreiro Técnica de bibliotecas de 2.ª classe Faro, Portugal 6K

Gostaria de saber qual a origem do nome Ferreiro, pois esse é o meu último nome.

É um nome invulgar, visto que é mais vulgar ser Ferreira.

Obrigada desde já pela ajuda.

Maria José Figueiredo Professora Lisboa, Portugal 8K

O vocábulo imagética forma-se por amálgama de imagem com um outro vocábulo. Qual?

Obrigada.

Sofia Silva Estudante Leiria, Portugal 3K

Gostaria de saber como se pronunciam correctamente as palavras opinião, organização e oportunidade. A minha dúvida está no início: deve dizer-se "ópinião", ou "ôpinião"?

Obrigada.

Luís Afonso Investigador reformado Lisboa, Portugal 4K

Porque será que Rogério Alves (ex-bastonário da Ordem dos Advogados) costuma pronunciar "proce(é)ssual", e eu com [e] átono mudo (ver v. resposta 10 822 quanto à pronúncia das vogais em português)?

Pronunciará, por razão semelhante, "unive(é)rsal", ou será que, pelo contrário, sou eu revelando-me esdrúxulo, isto é, esquisito, exótico?

Giana Constantina Tradutora Bucareste, Roménia 3K

Venho pedir o favor de me ajudar a resolver duas dúvidas.

1. O sentido da palavra surriada, na seguinte frase: «Todos sonhámos alguma vez salvar alguém de morrer nas águas, e eu, após ter esbracejado o melhor que sabia, tinha nos braços um boneco de plástico com uma careta de troça e o mecanismo interior duma surriada.» (J. Saramago, Manual de Pintura e Caligrafia)

2. O que quer dizer homem de um trabalho, na seguinte frase: «Mas eu não quis dar a volta ao Mundo, nem esta caligrafia seria capaz de levar-me tão longe, só projectei (homem de um trabalho) dar ao meu trabalho uma razão para continuar a ser.» (idem)

Agradeço desde já a vossa atenção e ajuda.

Ana Gancho Estudante Lisboa, Portugal 6K

Eu gostaria de saber qual a origem da palavra tendência.

Obrigado.

Pablo Ferreira Médico Goiânia, Brasil 15K

Cumprimento-os por este belíssimo site de auxílio a tantos amantes da língua portuguesa. Quanto tenho usufruído dele!

Minha dúvida recai sobre o verbo bastar. Em muitas situações, mesmo quando o utilizamos como intransitivo, ele parece pedir um complemento. Exemplos:

a) «Bastou ela ir embora para ele voltar.»

b) «Bastou o sol surgir, que as ideias também nasceram.»

c) «Bastou que o meu pai falasse, e todos se manifestaram.»

Estão essas frases acima corretas? Pode-se usar o verbo bastar seguido da preposição para ou das conjunções que ou e?

Há exemplos parecidos no Aurélio, Houaiss e Luft (Dicionário Prático de Regência Verbal), mas nada muito esclarecedor.

Peço-lhes ajuda.

Ana Brito Professora Brasília, Brasil 13K

Sou frequentadora assídua das páginas do Ciberdúvidas. Aqui encontro respostas às mais diversas dúvidas que, por vezes, se apresentam enquanto escrevo. Sem dúvida, este é um espaço no qual se encontram orientações elaboradas de forma clara, correta e objetiva.

No entanto, quero tecer alguns comentários a respeito da resposta dada às questões do texto Sobre a próclise, a mesóclise e a ênclise (Edite Prada :: 04/05/2004).

As respostas apresentadas ao consulente são bastante elucidativas, porém as justificativas dadas ao uso do pronome no Brasil são, no meu modo de pensar, extremamente superficiais. Aliás, nem se pode falar no plural, pois há somente uma: "porque obedece à regra geral".

No Brasil, há, sim, um distanciamento natural entre a fala e a escrita, por motivos que vão muito além do mero descaso para com a língua – há raízes históricas e problemas estruturais graves.

No que concerne à norma culta, mais especificamente à escrita, preconiza-se o uso das regras. Dessa forma, as justificativas aqui deveriam levar em conta as normas gramaticais e não o uso informal da língua, pois dá a impressão de que no Brasil os gramáticos concordam com esta "regra geral" e que as escolas adotam-nas.

O brasileiro, ainda que tenha bons conhecimentos e uma sólida formação, estabelece diferenças entre as diversas situações de uso da língua. Eu arriscaria dizer que, com relação à fala, somos muito mais "situacionais" – "contextuais" do que propriamente "gramaticais".

Eu disse com relação à fala, pois os que fazem uso do padrão culto na modalidade escrita sabem que as regras existem e que a gramática é normativa.

Felicidades a todas(os) e parabéns pelo inestimável trabalho de aclarar as dúvidas e clarear os espíritos.

Grata.

Cesário Severino Comerciante Comporta, Portugal 7K

Sou habitante da Comporta, e, nesta localidade, sempre que falamos das dunas, utilizamos a palavra medos (leia-se "médos"). A minha pergunta é a seguinte: Será que esta palavra existe realmente, ou será ela uma expressão local. De repente, dei comigo a imaginar o seguinte: será que em tempos mais remotos as dunas representavam um local do qual as pessoas tinham medo e que, com os anos, a palavra medo tenha sido deturpada em "médo", e daí a expressão actualmente utilizada? Ficaria muito grato se conseguissem esclarecer-me.

Muito obrigado pela atenção.

Arnaldo Buzack Tradutor/músico Nova Iorque, EUA 7K

Uma pequena dúvida: sempre pensei que a palavra hediondo se escrevia assim, com agá na frente. Recentemente, ao ler um comentário num certo portal virtual onde um auto-intitulado professor de Língua Portuguesa criticava erros dos colegas contribuintes, me deparo com: «Estamos fazendo um verdadeiro crime mais ediondo do que o assassinato da menina Isabela.»

Bem, embora a qualidade da frase fale por si mesma (crime não se faz, se comete), resolvi de qualquer jeito pesquisar a grafia "ediondo" no Google Brasil, na improvável possibilidade de essa variante existir. E, para minha surpresa, encontro várias referências a "ediondo" em mais de um portal de jurisprudência brasileiro.

Mas não em meus dicionários.

Portanto, é "ediondo" um neologismo aceitável, ou hediondo erro de português mesmo?

Grato.