Apesar de já ter lido em uma pergunta anterior sobre este assunto, ainda não me convenço de que a palavra maoismo deva ser grafada assim, pois, segundo o próprio texto do Acordo Ortográfico, «Admitem-se, todavia, excepcionalmente, à parte destes dois grupos, os ditongos grafados ae (= âi ou ai) e ao (âu ou au): o primeiro, representado nos antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos derivados e compostos (caetaninha, são-caetano, etc.); o segundo, representado nas combinações da preposição a com as formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao e aos.»
Então o encontro vocálico do a + o de maoismo não é um ditongo, segundo o Acordo Ortográfico. Eu mesmo falo "ma-ô-ís-mo" (e acredito que a maioria das pessoas também fala assim) e não "mau-is-mo" (se fosse pronunciada desse modo, deveria ser escrita "mauismo"). Sobre a acentuação de paroxítonas em i ou u precedidos de ditongos, o texto diz: «Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas, quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, cauila (var. cauira), cheinho (de cheio), sainha (de saia).» Mas o mesmo texto diz que apenas ao, aos e Caetano (e seus derivados) são ditongos. O restante dos ditongos decrescentes deve ser grafado com i e u, e não com e ou o. Além disso, como se escreveria a palavra maoismo com a tônica no o? Então por que o VOLP prescreve que a grafia acertada é maoismo, maoista, taoismo, taoista, etc.?
Obrigado por esclarecimento.
Gostaria de saber qual a relação das palavras implícito, subentendido, pressuposto. Qual o significado de implícito? Significa as duas últimas palavras citadas? Há diferença em subentendido e pressuposto? Entendo que sim, pois subentendido está implícito no texto, está presente no texto original; já pressuposto requer interpretação dos fatos presentes no texto. Se há diferença mesmo, como fica a palavra implícito?
Quero saber como classificar e analisar a expressão «por causa» em orações como esta: «O documento, por causa de seu caráter sigiloso, será mantido no cofre principal.»
Li uma resposta neste sítio no verbete Em função que confundiu-me ainda mais, pois não consegui entender a diferença entre causa e resultado apresentada pelo professor.
Espero ter conseguido expor minha dúvida, e aproveito para parabenizá-los pelo inestimável trabalho desenvolvido nesse sítio. Mais uma vez, parabéns!
Posso dizer: «dentro de água» ou «dentro da água»? A frase é: «As crianças brincam dentro de água.»
Em Portugal, qual é a diferença entre churrascaria e churrasqueira?
Na qualidade do que é recente, é legítimo falar-se da "recência" de uma dada situação ou coisa?
Saber se um substantivo é epiceno é difícil, pois os dicionários, ao menos o que eu uso, não informam...
Há alguma forma de saber se um substantivo é ou não é epiceno?
Outra pergunta: dragão e baleia são substantivos epicenos?
Gostava que me esclarecessem se é em contexto que se caracteriza um verbo como transitivo ou intransitivo. De outra forma, não percebo como foram considerados os verbos lanchar e estudar como intransitivos no exame nacional de Língua Portuguesa de 9.º ano de 2006. Parecem-me estar ao mesmo nível do verbo ler, que pode ser utilizado numa frase como «eu leio muito», mas também «eu leio muitos livros». No entanto, ele é geralmente considerado transitivo.
Agradeço a atenção dispensada.
Faço mestrado em Lisboa, e estou tendo dificuldades com a nossa língua, em relação com a posição do sujeito na frase. Já que falamos português mas com algumas diferenças, gostaria de saber como o sujeito da gerundiva periférica pode ser um DP1 ou um pronome com caso nominativo. Em português europeu standard, o sujeito da gerundiva ocorre obrigatoriamente em posição pós-verbal, excepto quando a gerundiva é introduzida por em. Quais as diferenças nas gerundivas do português europeu e do português do Brasil?
1 N. R.: Termo usado em certas teorias da gramática generativa. Um DP (determiner phrase) é constituído por um núcleo, que é um determinante, combinado com um nome (ver David Crystal, Dictionary of Linguistics and Phonetics, Oxford, Blackwell Publishers, 1997).
O que distingue um deíctico de uma referência co-textual? Poderia fornecer exemplos?
Gostaria de tirar a seguinte dúvida:
Em notas de avaliação por extenso, a vírgula também se escreve por extenso?
Por exemplo:
12,6 — «doze vírgula seis»
12,6 — «doze, seis»
Qual das duas opções é a mais correta?
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