A ordem das palavras na frase, ou no constituinte, tem, no latim, uma grande liberdade da qual os grandes escritores souberam tirar partido, dispondo as palavras de forma muito livre na frase.
As línguas românicas, ao perderem o caso, começaram a ter outras restrições de ordem que, curiosamente, se reflectem em muitas das expressões latinas que ainda hoje usamos. Por exemplo, «modus operandi» para um romano do período clássico seria, mais provavelmente, «operandi modus», uma vez que era comum o complemento em genitivo anteceder o núcleo.
Poderá ter sido o que aconteceu com as expressões «probatio diabolica» e «diabolica probatio», pois, embora ambas as formas sejam correctas, a que se fixou parece ter sido «probatio diabolica», na qual a ordem é a habitual em português e nas outras línguas românicas que conheço.