Da pesquisa em obras que têm como referência o actual Acordo Ortográfico de 1990, concluímos o seguinte:
Não encontrámos atestada nenhuma das formas no recente Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (2009), da Academia Brasileira das Letras, relativo ao português do Brasil, porque tal obra não inclui nomes próprios. Por sua vez, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (2009), da Porto Editora, referente ao português europeu, regista duas formas como antropónimos: Dâmalis e Dámaris. (João Malaca Casteleiro, coord., Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora, 2009), o que não corresponde ao que nos indica o anterior Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), de Rebelo Gonçalves, que respeita o Acordo Ortográfico de 1945.
De fa{#c|}to, Rebelo Gonçalves regista como única forma Dâmalis, com a referência «antr. f. 2 núm.», ou seja, «antropónimo feminino de dois números» (F. Rebelo Gonçalves, Vocabulário da Língua Portuguesa, Coimbra, Coimbra Editora, 1966, p. 310), o que significa que Dâmalis é a forma usada para este nome próprio no singular e no plural.
Relativamente à sua origem, o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, tendo como referência o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (ob. cit.), atesta Dâmalis como antropónimo feminino de origem grega — «do gr. Dámalis, pelo lat. Dămălis» (José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, 3.ª ed., Vol. I, Lisboa, Livros Horizonte, 2003, p. 487).