DÚVIDAS

O uso do se junto a verbos no infinitivo e no gerúndio
Recentemente, deparei-me com um tópico envolvendo a escrita no nosso idioma que acabou por me gerar duas dúvidas próximas entre si, por isso tomo a liberdade de apresentá-las em conjunto ao Ciberdúvidas. Trata-se do uso do se junto a verbos no infinitivo e no gerúndio (excluindo da discussão verbos pronominais/reflexivos, que sem dúvida exigiriam o se). Fui informado que em diversos casos envolvendo o infinitivo impessoal, já carregando ele impessoalidade e valor passivo, será dispensável o uso do se tanto como índice de indeterminação do sujeito quanto como pronome apassivador. Cito alguns exemplos: «Fazer o bem é importante» (e não «Fazer-se o bem»), «Osso duro de roer» (e não «duro de roer-se»), «Hora de chamar a polícia» (e não «de chamar-se a polícia»). Gostaria de perguntar se, em casos como esses, o uso do se é meramente dispensável ou, mais do que isso, é proibido. Se meu entendimento (leigo) não é falho, suponho que a presença do se simplesmente assinalaria a voz passiva ou o índice de indeterminação do sujeito (conforme o caso), daí a dúvida quanto a uma estrita proibição de seu uso em decorrência do infinitivo impessoal. No entanto, o assunto trouxe-me outra dúvida, para mim mais difícil ainda de resolver. A linha de pensamento exposta acima, se correta, aplicar-se-ia ao gerúndio também? Dizendo de outro modo, o gerúndio pode tornar o índice de indeterminação do sujeito e o pronome apassivador se igualmente dispensáveis? Apresento alguns casos a seguir e sobre eles gostaria de perguntar se o se é necessário, facultativo ou, até mesmo, proibido. 1) «Levando-se em conta a crise, bom seria aumentar a poupança.» 2) «A obra desses poetas, considerando-se o pouco que viveram, é vastíssima.» 3) «Pensando-se em casos como o dele, não pode haver dúvidas quanto ao perigo de fumar.» 4) «Vivendo-se, daí vem a paciência.» Muito obrigado. Parabéns pelo site!
As acepções da palavra educação
Não acredito que o termo educação utilizado pelo Governo para se referir ao grau de instrução de um país esteja correto. Na sicla MEC (Ministério da Educação e Cultura) o Governo trata educação como a instrução que a pessoa recebe no banco de escola, porém, eu entendo que o que a pessoa recebe na escola venha a ser instrução, e educação o que recebe em casa. Visto que existem pessoas diplomados que não têm nenhuma educação, polidez para lidar com os outros. Se eu estiver errado, por favor me corrijam.
Ainda «um termo para locais temporariamente húmidos»
Na resposta de 05/07/2010 Um termo para locais temporariamente húmidos, é proposto pelo Ciberdúvidas o neologismo "temporigrófilo", respondendo ao pedido do consulente. Muito agradeço tal resposta. Porém, a base XVI do Novo Acordo (1990) é clara quanto à hifenização de formações por recomposição, quando o segundo elemento começa por h (que julgo corresponder ao caso em apreço). De acordo com a base XVI, o exemplo apresentado na resposta referida ("electroidráulico"), escrever-se-á futuramente "eletro-hidráulico". Sabendo que o antepositivo temp(or)- existe em português (do latim "tempus","tempòris"), qual a grafia correcta deste neologismo à luz do Novo Acordo: "tempori-higrófilo", "tempor-higrófilo", ou outra? Agradeço a vossa paciência.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa