Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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José Raeiro Freelancer Lisboa, Portugal 6K

A UAI decidiu em 2006 retirar a Plutão o estatuto de planeta e criou uma nova classe chamada dwarf planets em inglês e cujo termo serve para descrever um corpo que não é considerado um planeta mas que partilha algumas características. Houve até uma altura em que as próprias luas eram referidas como «planetas menores». A palavra em português para descrever esta classe de corpos mais usada é «planeta anão». Deverá, ou não, levar hífen? E qual será a melhor forma plural?

Celeste Silva Empregada doméstica Lisboa, Portugal 5K

A expressão «eu tinha baixo o preço» está correcta?

Como se conjuga este verbo no particípio passado?

Desde já obrigada.

Augusto Mendes Professor Carregal do Sal, Portugal 21K

À luz do novo dicionário terminológico, qual a subclasse a que pertence o advérbio eis?

Cláudio Alexandre Duarte Estudante Coimbra, Portugal 11K

Acabo de ver a resposta dada à pergunta n.º 28 711 (sobre o aportuguesamento de Oregon, Kansas, Arkansas e Oklahoma), e queria aproveitar para lançar uma questão que já há muito me perturba.

Não existe nenhuma regra, em português, para a colocação dos acentos (acentos tónicos, não gráficos) nos aportuguesamentos de palavras estrangeiras? Eu tenho observado uma disparidade de critérios, e tendo eu crescido num ambiente multilingue, choca-me um bocadinho quando vejo palavras que na língua original têm acento numa determinada sílaba, e no seu aportuguesamento o acento "salta" para outra sílaba...! O que chamou-me atenção foi a palavra "Arkansas", que em inglês é proparoxítona, ['ɑ:kənsɒ], e no entanto, o aportuguesamento proposto sugere que a palavra seja paroxítona, [ɐɾ'kɐ̴sɐʃ]. Ao que parece, existe o hábito de, ao fazer-se o aportuguesamento de certas palavras, ligar-se apenas à forma escrita, e não à pronúncia original, ou seja, as palavras estrangeiras são aportuguesadas como se a escrita original fosse em português! Estão neste caso Ankara,[aŋkaˈɾa], oxítona, aportuguesada para Ancara, [ɐ̃ˈkaɾɐ], paroxítona (repare-se na raça de gatos e no tipo de tecido angorá); Ottawa, [ˈɒtəwə], proparoxítona, aportuguesada para Otava, [oˈtavɐ], paroxítona (onde é que foram encontrar o «v»?); Addis Abeba, [adis ˈabəba], proparoxítona, aportuguesada para Adis Abeba, [ɐdiz ɐˈbɛbɐ], paroxítona; Bamako, [bamaˈko], oxítona, aportuguesada para Bamaco, [bɐˈmaku], paroxítona; e muitos outros casos, na toponímia ou não.

É que, se não houver um critério uniforme para a colocação do acento tónico nos aportuguesamentos, nota-se aqui uma dualidade de critérios. Perde-se toda a legitimidade em exigir certas pronúncias (por exemplo, Florida, e não Flórida — o Estado é deles (dos americanos), mesmo que o nome tenha vindo do espanhol — e perde-se toda a legitimidade em ficar chocado quando francófonos pronunciam «Cutô» (Couto) ou anglófonos pronunciam «Bêicsao» (Baixão)...

Gostaria de saber a vossa opinião em relação a este assunto.

Obrigado.

Dulce Nunes Recepcionista Valongo, Portugal 11K

Posso utilizar o verbo catapultar no seguinte contexto: «com o catapultar das novas tecnologias...»?

Paula Leite Correspondente em Línguas Estrangeiras Vila Nova de Gaia, Portugal 27K

Agradecia que me informassem como é que se deve escrever:

«Ficaremos encantados de receber V. Exa. no nosso escritório», ou «Ficaremos encantados em receber V. Exa. no nosso escritório»?

Morgane Marante Estudante Soltera, França 7K

A origem e o significado de Marante?

Agostinho Almeida Professor universitário Porto, Portugal 21K

Se extra é adjectivo e nessa medida deverá concordar em género e número com o vocábulo que qualifica, como, supostamente, em «horas extras» (prefiro «horas extra», como aprendi e sempre usei), então deveríamos grafar «carros extros» e assim sucessivamente... Ou não?

Dina Paulista Dire{#c|}tora de fotografia Lisboa, Portugal 60K

Apesar do uso difundido e indiferenciado do «bom proveito» ou «bom apetite», após a pergunta «É servido/a?», por vezes pergunto-me se não haverá nenhuma diferença entre estes dois termos. Certa vez, há muitos anos, numa aldeia no interior de Portugal, uma velhota emendou o «bom apetite» de um amigo meu dizendo «"Bom apetite" diz-se antes de a pessoa começar a comer. "Bom proveito" é o que se deve dizer quando já está a comer», que era o caso.

Achei piada ao inusitado da situação em si e, posteriormente, pus-me seriamente a pensar no que ela disse e nunca consegui confirmar esta informação.

Podem explicar-me, por favor, se existe realmente alguma distinção no uso de «bom proveito» e «bom apetite»?

Agradecida pela atenção.

Pedro Coimbra e Costa Estudante Lisboa, Portugal 99K

Já encontrei no vosso site (que é de grande interesse) várias referências a este problema, mas não encontrei referido nada em relação ao significado de impacte/impacto. Eu sou estudante de Engenharia do Ambiente e como tal estamos habituados a lidar com «impactes/impactos ambientais» e existe "guerra aberta" entre quem usa uma forma ou outra da palavra. Segundo uma das explicações que uma professora me deu (defensora do uso de impacte, devo acrescentar) quando se fala de impacto — na Engenharia e Física — falamos da grandeza física de dois corpos que colidem, ou seja, impacto está ligado ao mundo da física e, particularmente, os impactos ambientais estão ligados apenas às consequências físicas para o meio de determinado projecto, sendo que impacte seria o conjunto destas consequências físicas com as socioeconómicas.

Eu não tenho qualquer tipo de interesse nesta "guerra", apenas gostaria de saber qual deve ser a forma usada em português correcto. «Impacto», ou «impacte ambiental»?