Não localizo nos dicionários a palavra "prototipação", que corresponderia à ação de "prototipar", verbo que, apesar de ser considerado como válido pelo Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, também não encontro nos dicionários.
Os dicionários apresentam "prototipagem" para significar a ação de "prototipar" ou "prototipificar".
A pegunta é: "prototipação" é uma palavra aceita na língua portuguesa, ou somente "protipagem" deve ser usada, e porquê?
A respeito da toponímia latina, e do próprio latim em si, é de amplo conhecimento, mesmo entre os menos esclarecidos na língua, que o português há séculos adota regras bem fixas para tradução e/ou transcrição de elementos provenientes desta língua quase extinta. Contudo, mesmo seguindo as ditas, há certas incongruências aparentes. Por exemplo, é sabido que o -um latino, excetuando casos pontuais como forum (que existe no português como foro/fórum), é transcrito como -o. Assim sendo, diríamos “Moguntiaco”, Londínio, Mediolano, Emínio, etc. Entretanto, quando esse -um é usado na toponímia para descrever, à latina, tribos e povos nativos, como devemos proceder? Nestes exemplos (Augusta Treverorum; Civitas Igaeditanorum; Forum Gallorum) devemos dar preferência à regra (“Augusta Treveroro”; “Cidade Igeditanoro”; “Fórum/Foro Galoro”), ou à tradução («Augusta dos Tréveros»; «Cidade dos Igeditanos»; «Fórum dos Galos»)? Destes últimos, sei que Forum Gallorum em espanhol se diz Foro de los Galos e, por associação, poderíamos admitir uma clara tradução para o português.
Interciclos – será que esta palavra não existe? E, se existe, como se escreve?
Geralmente diz-se que o português tem 14 vogais, mas não deveriam ser 15 se contarmos com a vogal /ã/, presente em «à antiga» (/ãːtiga/)?
Tenho ouvido a palavra "fabulástico", mas não a encontro nos dicionários. É correta a sua utilização?
Obrigada.
A minha pergunta tem a ver com a fluência da língua portuguesa, nomeadamente como interligar oralmente as palavras numa frase de modo a que esta tenha um som fluido e sem grandes pausas entre as palavras.
Vim aqui fazer esta pergunta porque começo a olhar cada vez com mais preocupação, especialmente para os jovens, no que diz respeito à forma como se articulam verbalmente e interligam as palavras, nomeadamente as palavras que estão no plural quando a palavra seguinte começa com uma vogal. O que cada vez mais vejo acontecer é que se interligam as duas palavras com o auxílo do som "J" em vez do som "Z".
Usando como exemplo a seguinte frase: «Os amigos da Maria andam de patins ao fim-de-semana.»
O que me ensinaram a fazer para pronunciar correctamente e com fluidez esta frase foi usar o som "Z" para interilgar as palavras quando a anterior está no plural e a seguinte começa com vogal.
A frase, foneticamente, soaria da seguinte forma: «OzAmigos da Maria andam de patinzAo fim-de-semana.»
O que cada vez mais vejo acontecer é usar-se o som "J" em vez do som "Z", e a frase soa da seguinte forma: «OjAmigos da Maria andam de patinjAo fim-de-semana.»
Isto é algo que cada vez me faz mais impressão, porque é cada vez mais frequente acontecer, e não se trata de sotaques nem diferenças na pronúncia nas diferentes áreas geográficas de Portugal. É mesmo uma tendência crescente entre os jovens, inclusive já se vê pessoas (algumas celebridades) a falar assim na televisão, e gostaria de saber se esta forma de falar é, de facto, considerada oficialmente correcta no que respeita a língua portuguesa, em português europeu.
Eis o brilhante trecho final do não menos brilhante conto Marcha Fúnebre, de Machado de Assis:
«Quando veio a falecer, muitos anos depois, pediu e teve a morte, não súbita, mas vagarosa, a morte de um vinho filtrado, que sai impuro de uma garrafa para entrar purificado em outra; a borra iria para o cemitério. Agora é que lhe via a filosofia; em ambas as garrafas era sempre o vinho que ia ficando, até passar inteiro e pingado para a segunda. Morte súbita não acabava de entender o que era.»
Gostaria de saber o significado preciso da última frase («Morte súbita não acabava de entender o que era»). Seria a afirmação da real inexistência de uma morte súbita?
Agradeço desde já o esclarecimento.
Qual a origem da expressão «homem de mão»?
Gostaria que me ajudassem a desfazer uma dúvida de há muito tempo: em bom português (de Portugal!), o substantivo mais correto para nomear “aquele que mantém” deverá ser mantedor, ou mantenedor? Os dicionários que consultei acabaram por adensar ainda mais a minha incerteza com cansativa guerra de palcos entre o PT e o BR.
Grato pela ajuda.
Qual o significado da palavra morato?
Para além da origem do latim moratus, há indicadores de o termo como adjectivo significar «bem organizado». Tem aceitabilidade?
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