DÚVIDAS

O complemento dos nomes em -dor e -tor
Em muitos manuais é definido que não há complemento nominal para substantivos concretos, porém, tenho encontrado uma abordagem alternativa que vou transcrever. Ela é correta? «Substantivo concreto de raiz verbal terminados em “-dor” e “-tor” + a expressão 'DE + NOME': a) Será Complemento Nominal se o substantivo equivale a uma oração adjetiva: (1) Prenderam o matador de animais. [= que mata animais = or. adjetiva] (2) Premiaram o comprador de garrafas. [= que compra garrafas = idem] (3) Foi indiciado o falsificador de passaportes. [= que falsifica passaportes = idem] (4) Identificaram o assassino do comerciante. [= que assassinou o comerciante = idem] (5) Ele foi vendedor de livros. [= que vendia livros = idem] b) Será Complemento Nominal se o substantivo tem o significado de instrumentos, ou seja, a seres não-animados: Quebrador de nozes. Detetor de metais. Amassador de alho. Aparador de papéis.»  Obrigado
A regência dos verbos tornar-se, navegar e tocar
1) Quando procuro no Regime Preposicional de Verbos a regência de «tornar-se», aparece a preposição «em». Mas existem casos em que não é necessário utilizar preposição, correto? Por exemplo: «As casas pequenas tornavam-se grandes, e as grandes tornavam-se pequenas. Outras casas tornavam-se hospitais, e havia umas que se tornavam casa de férias.» Estão corretas assim, ou devem levar preposição? 2) No caso de «navegar», não encontrei, o que quererá dizer que não tem. No entanto, vejo muitas vezes utilizarem «em» («Os mares ficaram poluídos, tornou-se impossível navegar neles») ou «por» («É impossível navegar pelos mares»). Qual está correta, «em», «por» ou nada («navegar os mares»)? Ou todas, dependendo do país ou significado? 3) Quanto a «tocar», penso que será «em», mas vejo muito «tocou-lhe a cara». É correto?
A expressão "ou seja" em início de frase
Sobre esta pergunta de Margarida Montes: Pode colocar-se ponto antes de «ou seja»? Respondida por Carlos Rocha 26 de abril de 2011: É possível, mas não se recomenda como prática sistemática, porque a locução «ou seja» tem por função esclarecer o sentido de um constituinte que, normalmente, já ocorreu antes na mesma frase. Fiquei com a seguinte dúvida. Em qual situação ou por qual razão pode-se usar o ponto antes de "ou seja"?
Infinitivo pessoal no segundo verbo,
com sujeito diferente, da mesma frase
«Há mais coisas no céu e na terra. Entre nós é hábito começar assim contos desse tipo, a fim de se escudar com Shakespeare das setas dos provocadores, para os quais não há nada desconhecido.» Está correta a forma “se escudar” acima, uma vez que foi usada a expressão “entre nós”, que sugere a flexão “nos escudarmos”? Muito obrigado.
Animé (= desenhos animados em japonês),
masculino no uso em português
Porque é que animé, empréstimo do japonês (アニメ), que de si é um empréstimo abreviado do inglês (Animation) é apresentado como substantivo masculino quando o sua origem («animação») é feminina? Tenho reparado que o mesmo se passa em espanhol, francês e italiano, mas não encontro uma razão para tal. Não devia animé ser feminino, ou, pelo menos, um substantivo comum de dois géneros?
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa