Classificação de orações subordinadas
Gostaria que me ajudassem a classificar as seguintes orações subordinadas e a identificar as suas funções sintáticas: «Cumpriam tudo que lhes mandavam», «Alijaram tudo que na coberta havia», «Como enfuriasse ainda mais o tempo, trataram de alijar os mastaréus das gáveas» e «Foi a de Jorge de Albuquerque Coelho a primeira de todas que se lançaram ao mar» (in História Trágico-Marítima).
Obrigada pela atenção.
Pois, conjunção adversativa
Minha dúvida tem a ver com a conjunção pois. Nas gramáticas normativas, nunca vi esta conjunção ser classificada como adversativa ou ser apresentada como uma conjunção de valor semântico adversativo. No entanto, em todos os dicionários que consultei (Houaiss, Michaelis, Priberam, Porto, Aulete, etc.), esse conectivo é também encarado como sinônimo de mas, porém, no entanto, etc. Devido a isso, fiquei com a pulga atrás da orelha: afinal, a conjunção pois é abonada por algum livro consagrado de gramática como sinônima de conjunções adversativas? Caso não encontrem a resposta a essa pergunta, mas creiam que o pois pode, sim, indicar oposição, gostaria que dessem exemplos (e os explicassem) para eu conseguir ensinar a meus alunos da melhor forma possível.
Ainda a classificação do verbo considerar
Quanto à classificação do verbo considerar – assunto tratado em 10/1/2018 –, tenho algumas considerações a fazer, que são as seguintes:
1 – O verbo considerar pode ser transobjetivo: «O lavrador considerou o cão bonito» (considerou-o bonito).
2 – Assim sendo, se quisermos omitir o agente, podemos criar a frase «Considerou-se bonito o cão» (voz passiva com a particularidade de ocorrer um predicativo («bonito») do sujeito («cão»). Não é o cão que se considera bonito, mas é ele assim considerado. Portanto, quanto a esta frase dada como exemplo «agramatical», quero crer que não o seja, assim como «As paredes da casa consideram-se agradáveis» ou, invertendo-se a ordem: «Consideram-se agradáveis as paredes da casa», e, estendendo-se: «O lavrador considerou agradáveis as paredes da casa».
3 – Sem contar o fato da seguinte frase: «O lavrador considerou-se apto ao trabalho», na qual temos um complemento direto (se) e um predicativo do complemento direto. Mas se trata de uma análise diferente de uma estrutura frasal idêntica a «Considerou-se o lavrador apto ao trabalho.» Antepondo-se ou não o sujeito ao verbo, pode-se dar uma interpretação semântica diferente, o que é interessante.
Sobre a conjunção correlativa nem...nem
Na frase «Nem os professores queriam chorar nem os alunos mostrar a sua tristeza» estamos perante orações coordenadas copulativas ou disjuntivas?
Obrigada.
«Ganhe um desconto de 1000€»
vs. «Ganhe um desconto até 1000€»
vs. «Ganhe um desconto até 1000€»
Gostaria de saber se é correto a utilização da preposição de na seguinte frase: «Ganhe um desconto de até 1000€».
O verbo ter, com transitivo direto
Na frase «Quantos cadernos de argolas tinham na pasta?», o verbo é transitivo direto e indireto, certo?
A regência do verbo incorporar com as preposições a e em
Gostaria de saber qual é a regência verbal do verbo incorporar, a preposição a ou em, para textos que requerem mais formalidade, como provas e relatórios. Ex: «Ele incorporará os vencimentos ao/no salário.» e «Todos foram incorporados às/nas fileiras.»
Obrigado.
«Ele era de opinião que...»
«Ele era de opinião que (ou "de que") céu cinzento e gotas de chuva nas janelas tiram o ânimo e causam melancolia.» Na frase citada, qual é a melhor regência para o termo "opinião"?
Obrigado.
Corresponder + complemento indireto
Gostaria, antes de mais, de agradecer pela ajuda por vós prestada.
A dúvida que venho colocar prende-se com a regência do verbo «corresponder» e sobre o complemento que este exige, uma vez que, na minha opinião, seleciona complemento oblíquo (pela exigência da preposição «a»). No entanto, em determinadas situações («Não correspondeu às expectativas.»/«Não correspondia ao padrão feminino.»), eu posso pronominalizar as expressões («Não lhes correspondeu.»/«Não lhe correspondia.»)
Assim, a dúvida é: nestes contextos (em que podemos pronominalizar) devemos considerar complemento oblíquo, complemento indireto ou considerar ambas as respostas corretas?
«Ela é uma de nós»
Gostaria de saber a vossa opinião sobre a seguinte questão: ontem, num programa de televisão, um apresentador disse, referindo-se a uma rapariga: «ela é uma de nós (angolanos)» e foi muito criticado nas redes sociais. Segundo as pessoas, ele (por ser homem) deveria ter dito: «ela é um de nós (angolanos)».
Pergunto: será que a frase dele está mesmo errada, sendo que ele se refere a (fala de) uma rapariga?
