vs. «pensar/acreditar que...»
«Pensar/acreditar em....»
vs. «pensar/acreditar que...»
vs. «pensar/acreditar que...»
Nas frases "Ele pensou que ela não voltaria tão cedo." ou "Todos acreditaram que a verdade viria à superfície.", as orações completivas desempenham a função de complemento oblíquo ou complemento direto?
Dado que os verbos "pensar" e "acreditar" selecionam a preposição "em", parece-me que a substituição pelo pronome "isso" resulta agramatical: "Ele pensou isso." ou "Ele acreditou isso." Não deverá dizer-se "Ele pensou nisso." ou "Ele acreditou nisso." ? Inclino-me mais para que sejam complementos oblíquos mas posso estar enganada.
Obrigada.
O verbo nas interrogativas introduzidas por qual (II)
Na frase «Qual o impacto da atenção na compreensão da leitura?», não é obrigatório escrever o verbo , neste caso, ser (é ou foi)?
Sobre as funções sintáticas do advérbio não
Desejava saber se o advérbio de negação desempenha a função sintática de modificador do grupo verbal.
Por exemplo:
«Eu não o tenho visto ultimamente.»
Análise sintática: «Eu» – sujeito simples; «não o tenho visto ultimamente» - predicado; «o» – complemento direto; «ultimamente» – modificador do grupo verbal (O advérbio não não desempenha nenhuma função sintática.)
ou
«(…) não» – modificador do grupo verbal; «o» – complemento direto; «ultimamente» – modificador do grupo verbal
A minha dúvida advém do seguinte:
1. Os modificadores do grupo verbal dão-nos informações acessórias sobre a realização da ação, isto é, indicam-nos as circunstâncias da realização da ação (como os antigos complementos circunstanciais);
2. Nunca vi na antiga terminologia gramatical um complemento circunstancial de negação;
3. Na verdade, com um não não estamos a modificar a ação/dar informação sobre as circunstâncias da realização da ação – estamos apenas a negar essa ação (frase afirmativa vs. frase negativa). Será que “negar a ação” é “modificá-la”? Se se considerar que estamos a “modificá-la”, não existe aqui uma certa confusão conceptual?
Consultei o Dicionário Terminológico (DT), que nos apresenta o seguinte, a propósito do advérbio de negação: «Advérbio de negação Advérbio cujo significado contribui para reverter o valor de verdade de uma frase afirmativa ou para negar um constituinte. Este advérbio pode ser um modificador do grupo verbal ou de um constituinte do grupo verbal.»
Negação frásica:
(i) O João [não] comprou flores à Ana.
[Análise sintática desta frase: «O João» – sujeito simples; «não comprou flores à Ana» – predicado; «não» – modificador do grupo verbal (???); «flores» – complemento direto; à Ana – complemento indireto]
Negação de constituinte:
(iii) O João [comprou à Ana ontem [não flores]], mas livros. (modifica o grupo nominal complemento direto)
[Análise sintática desta frase: «O João» – sujeito simples; «comprou à Ana ontem não flores, mas livros» – predicado; «à Ana» – complemento indireto; «ontem» – modificador do grupo verbal; «não flores, mas livros» – complemento direto]
O não fica de fora. Ficará também de fora na frase de cima (i).
Parece-me haver nesta entrada do DT um conceito diferente de “modificador do grupo verbal”…
Obrigada pela atenção concedida.
A expressão «faltar ao respeito»
A minha dúvida é sobre estas duas expressões (i) "faltar respeito" (ii) "faltar com respeito".
Oiço mais, aqui em Bissau, o uso da primeira frase, mas nos filmes, escrituras ou telenovelas portuguesa, oiço só a segunda.
Então, pergunto qual dessas é correta.
O uso possessivo de lhe II
Gostaria de saber se a frase a seguir está correta no que se refere à regência do verbo morder:
«O cão mordeu-lhe na perna.»
Obrigado.
Particípios passados usados como adjetivos
Gostaria de resolver uma dúvida em relação aos particípios duplos. Geralmente, costuma dizer-se que o particípio regular se usa para a formação dos tempos compostos com o auxiliar ter, e o irregular na voz passiva com os auxiliares estar e ficar, ainda que existam algumas exceções (ganho, pago... etc.).
A minha pergunta é: qual é o particípio que deveria ser utilizado quando a forma funciona como adjetivo?
Por exemplo, na frase «o quadro aceitado/ aceite receberá um prémio de 3000€», qual seria a forma correta?
Muitíssimo obrigada pela atenção.
O uso do substantivo confinamento
Existe a palavra "confinamento" no português europeu?
Obrigada.
«Espero que...» seguido de pretérito perfeito composto do conjuntivo
(«tenha corrido bem»)
(«tenha corrido bem»)
Mandei um SMS a uma amiga com o seguinte texto: «Espero que o espetáculo de teatro corresse bem.» Na resposta ela disse que a forma correta era «Espero que o espetáculo de teatro tenha corrido bem».
Eu percebo que a segunda versão é correta, mas podiam-me explicar qual é o problema com a primeira versão?
Obrigado.
Nomes contáveis e não contáveis: o caso de alimentação
Pretendo esclarecer se o nome alimentação é contável ou não contável.
Obrigada.
A formação de infelizmente (II)
Têm-me surgido cada vez mais dúvidas no âmbito dos processos de formação de palavras por derivação.
Por exemplo: infeliz é uma palavra derivada por prefixação; felizmente é uma palavra derivada por sufixação. E infelizmente? É derivada por sufixação (infeliz+-mente) ou por prefixação e sufixação (in-+feliz+-mente)? O Dicionário Terminológico apresenta a derivação por prefixação ou por sufixação e a parassíntese surge como o único caso em que são adicionados prefixos e sufixos...
Obrigada.
