Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Madalena Ferreira Professora Portugal 3K

Quando estão em causa pessoas singulares, deve dizer-se que são «alvo» ou que são «objecto» de alguma coisa?

 

[N.E. – Manteve-se a forma objecto, anterior à grafia correto, prevista pela norma ortográfica atualmente em vigor.]

Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 3K

«Enquanto o coronavírus avança, a xenofobia alastra-se pelo mundo» titulava o jornal Público uma notícia sobre a desinformação que se espalhou rapidamente na Internet e nas redes sociais por causa desta patalogia. Dúvida minha: não devia ser escrito «...a xenofobia alastra pelo mundo»?

Muito obrigado.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 4K

Na frase «o André encontrou um baú e lá dentro tinha um mapa», pergunto-vos se a frase é aceitável ou se teria sido aconselhável o uso do verbo haver.

Obrigado.

Luís Pedrosa Santos Aposentado Caldas da Rainha, Portugal 2K

Parece-me que a grafia da palavra em epígrafe, desde há muitos anos, nunca foi consensual:

– o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de 1940 regista assimptota (sem acento agudo);

– o de 1945, da mesma forma;

– o [Vocabulário Ortográfico Atualizado da Língua Portuguesa] de 2012  regista assintota (também sem acento agudo).

– O Grande Dicionário da Língua Portuguesa, coordenado por José Pedro Machado, regista assíntota.

– O dicionário da Porto Editora, de 2010, acordizado, regista assímptota (AO)/assimptota (AO) e assíntota (dAO)/assintota (dAO).

– Também, o dicionário da Texto Editora (1995), já acordista, regista assíntota.

– O Vocabulário da Língua Portuguesa (Porto Editora 2010), acordizado, regista assimptota (sem acento agudo).

Nas referências bibliográficas, fico-me por um etc.

Assim, a minha dúvida é: como deverei escrever a palavra em causa, antes e depois do Acordo 1990?

Justifico a dualidade pelo facto de não aceitar o AO90, mas tenho] netas, às quais presto auxílio, que estão, curricularmente vinculadas ao actual Acordo Ortográfico (assímptota/assíntota/assintota é vocábulo muito usado em Matemática, no estudo de funções e seus gráficos.)

De qualquer modo, tenho dificuldade (dificuldade de constrangimento) em pronunciar como palavra grave; soa-me ridículo!

Agradecendo a Vossa sempre douta e gentil resposta, apresento melhores cumprimentos.

Jorge C. Sousa Engenheiro Leiria, Portugal 3K

A atribuição [da] designação «loja do cidadão» parece coerente e em uso desde que tal instalação passou a ser disponibilizada.

Contudo, pretendeu-se "reescrever a história" em Leiria, e algum intelecto, talvez instalado num corpo feminino, o que não sei, ou, talvez um pretenso arauto das novas ideologias de género, entendeu que passe a ser «loja de cidadão», substituindo a partícula do por de. Pensei tratar-se de um engano na identificação na entrada, mas concluí que em todos os locais assim se afixa. Aparenta-se estar perante a idiossincrasia de um indivíduo ou grupo que livremente dispõe de nós (quase) todos para se impor. Em todo o caso, o que gostarei de saber é mesmo se a língua portuguesa sai ou não vilipendiada e como se deve escrever e designar a referida loja.

Agradeço.

Mónica Antunes Desenho Leiria, Portugal 1K

É correcto dizer-se que uma pessoa "é insuficiente renal"?

 

[N.E. – Manteve-se a forma correcto, anterior à grafia correto, prevista pela norma ortográfica atualmente em vigor.]

Maria Luísa Dias Estudante Porto, Portugal 7K

Na frase «ele é da outra equipa», estamos perante um determinante demonstrativo ou indefinido?

Obrigada.

João Gomes Professor Porto, Portugal 6K

No texto "Meu 'caso' com Fernando Pessoa, de André Luiz Oliveira,  o excerto

«Essa sensação de intervalo e essa ânsia doída contida nos versos do poeta refletem aquilo que não temos e não vemos, mas desejamos e queremos: navegar por dentro, rumo ao lugar encoberto onde reina o mais legítimo de nós. (...) Mas o espírito argonauta era pouco, e a forma que eu encontrei para comungar essa paixão pela palavra do poeta foi na música.»

constitui, predominantemente, o exemplo de uma sequência argumentativa, certo?

O uso da primeira pessoa e o facto de traduzir uma interpretação da mensagem do poema conduzem-me a este raciocínio...

Muito obrigado.

Mariana Alvarez Professora Porto, Portugal 5K

Gostaria de perguntar porque é que na seguinte frase: «Quando foram dizer a Hagrid que lhes abrisse a janela para poderem falar com ele», o verbo abrir vem no conjuntivo.

Sei que há mais construções de Quando + Verbo + Conjuntivo para além desta, como é o caso de: «Quando quiserem que vos diga o que sei, peçam!»

Mas também há outras construções similares em que isso não acontece, como é o caso de: «Quando disserem que não querem isso...» . No entanto, se mudarmos a frase um pouquinho, já vem no conjuntivo outra vez: «Quando disserem ao Francisco que vos abra a porta...»

Porquê estas diferenças?

Agradecia esclarecimento.

Maria Helena Cunha Professora Batalha, Portugal 9K

Gostaria de saber qual é o termo correto: «à tona de água» (como aparece na obra "A viúva e o papagaio") ou «à tona da água»?

Desde já agradeço a atenção.