Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Maria Manuela Carreira Neto Professora Ourém, Portugal 2K

Gostaria de saber se na frase «Amanhã Blimunda terá os seus olhos, hoje é dia de cegueira», podemos considerar a existência de deíticos pessoais, espaciais e temporais.

Qual a melhor forma de os explicar aos alunos?

Marta Chodkowska Estudante Lublin, Polónia 21K

Começo por expressar os meus agradecimentos por todas as respostas e a ajuda linguística. É um trabalho excelente e muito útil. Parabéns.

Gostava de saber que preposição se usa com o verbo permitir: «permitir a alguém de fazer algo»?

Ex. O restaurante não permite aos clientes de fumar.

Antecipados agradecimentos pela resposta.

Raquel Santos Estudante Porto, Portugal 3K

Gostaria de saber se é possível que o verbo combinar reja a preposição para seguida de infinitivo: «Combinamos para ir à praia»;«Quando é que combinamos para fazer um passeio?»

Sei que o verbo combinar pode reger a preposição para quando depois se menciona alguma expressão temporal: «combinamos para sexta-feira»; «combinamos para as quatro da tarde».

Mas poderia considerar-se para + infinitivo?

Desde já agradeço a atenção dispensada.

Sérgio Ribeiro Programador de computadores Matosinhos, Portugal 28K

«Aqui vem a sua música favorita», diz o locutor radiofónico; «é a minha comida favorita», diz a minha filha...

Nas duas situações eu usaria preferida em vez de favorita. Estarei errado?

Sempre associei o termo favorito a competição, a algo ou alguém que está melhor posicionado para alguma coisa («é a equipa favorita no campeonato», «o filme que era considerado o favorito naquela categoria», por exemplo). Já com a palavra preferido, penso numa escolha (quase subjetiva) de algo ou alguém («a minha música preferida», «ele é o aluno preferido da professora»). Por exemplo, eu poderia usar os dois na mesma frase: «eu acho que a equipa favorita no campeonato é X, mas a minha preferida é Y». Nos dicionários ambos os termos aparecem como possíveis sinónimos do outro, mas sem contexto algum.

Gostaria de ser esclarecido sobre este tema. Obrigado.

Francisco Neves Estudante universitário Porto, Portugal 2K

Venho perguntar se o verbo desadensar existe realmente ou não. Efetivamente, não existe no Dicionário Priberam; no entanto, a Infopédia dá a entender que o verbo em causa existe e que é possível encontrar-se entradas relativas à existência do possível verbo.

Grato pela atenção.

Marta Paixão Professora Lisboa, Portugal 4K

Como se classificaria a oração subordinada na frase «insistia para que eu me imaginasse sempre a voar»?

Uma professora considera tratar-se de uma oração subordinada adverbial final, uma vez que tem o para que, mas a meu ver a oração não tem valor de finalidade, parecendo-me antes uma oração substantiva completiva, visto que o verbo insistir não me parece poder ficar sozinho, exigindo uma oração que o complete.

Obrigada.

Djavan Nascimento Estudante Recife, Brasil 5K

Se substituirmos o «a respeito de» e o sobre teremos objeto, ou continua sendo adjunto adverbial?

«A menina da qual estávamos falando chegou» (objeto?)

«Estávamos falando a respeito da menina.» (adjunto adverbial).

«Estávamos falando sobre a menina» (adjunto adverbial).

«Estávamos falando da menina» (objeto)

Fiz essa avaliação. Creio que esteja certa. Há um pouco de confusão entre adjunto adverbial e objeto indireto...

Obrigado a todos do Ciberdúvidas.

Ana Vilhena Professora Lisboa, Portugal 4K

Gostaria de perguntar como classificariam quanto à função sintática o constituinte à direita do nome pergunta na frase «Para responder à pergunta sobre o sentido que a dada altura nos assalta.»

Será complemento do nome ou modificador?

Maria Correia Técnica de tráfego Lisboa , Portugal 5K

Gostaria de saber se «vou beber o comprimido» está correcto1, ou se devemos apenas dizer «tomar o comprimido».

 

1 O consulente escreve correcto, seguindo a ortografia em vigor até 2009 em Portugal. No quadro do Acordo Ortográfico de 1990, escreve-se correto.

Airton Dias Estudante Araraquara, Brasil 9K

Eu sempre tive dificuldade de precisar o sentido e possíveis sinônimos para esse justamente que está ali na frase [mais abaixo]. Muitas vezes, pego frases com quatro ou cinco ocorrências dele, mas me é difícil substituir por alguma coisa que não seja outro advérbio de modo — precisamente, exatamente. Mais do que isso, não sei bem qual é o sentido exato dessa palavra nesse uso: parece significar recuperar alguma coisa ao mesmo tempo em que se afirma que essa coisa corresponde, com precisão quase divina, àquilo que se procurava. Entendem o que quero dizer?

Caso entendam, lhes ocorre algum substituto?

«Diante dessa exigência, a ontologia da determinação tem duas principais alternativas: ela pode, justamente, afirmar que a determinação de um objeto é dada necessariamente por aquilo que ele é em si mesmo, independentemente de sua relação com outros objetos (e a pergunta se torna, então, qual é o fundamento de que ele seja em si mesmo aquilo que ele é), ou…».