Um amigo meu enviou-me um texto que eu duvido que fosse escrito nos meados do século XIX.
Por exemplo, inclui as seguintes frases:
1. «Por corrigir os 10 mandamentos, embelezar o Sumo Sacerdote e mudar-lhe as fitas.»
2. «... alargar as pernas ao Tobias.»
Estes fragmentos dão-me a ideia que são ortografia contemporânea e não de 1856. Não seria que se escrevia "Thobias" em vez de Tobias?
Já estou nos EUA há 40 anos, mas, se me clarificar, agradecia muito.
Obrigado.
Gostaria de saber qual é a diferença da análise do discurso francesa para a americana.
Muito obrigada!
Qual é a origem da palavra brejo?
Ultimamente, tenho percebido o uso cada vez mais freqüente (ou frequente, pelo novo Acordo Ortográfico) da palavra não como prefixo de negação com relação a um adjetivo ou substantivo posterior como em: não-nascido (o que não nasceu) e não-ajustamento (ato de não ajustar). O que me chama atenção é a sutil diferença semântica entre usar o não e outro prefixo que indique negação: desajustamento, assim, me parece significar o «ato de fazer com que fique sem ajuste», enquanto não-ajustamento seria «o ato de não ajustar, de deixar de ajustar». Essa percepção estaria correta? De fato há uma diferença semântica entre usar um não e usar, se for possível, um prefixo como in ou des?
Muito obrigado!
Gostaria de saber a classificação morfossintática de «o facto de». É locução prepositiva? A propósito, uma locução prepositiva terá de iniciar por uma preposição, como «à mercê de»?
Muito obrigado pelo esclarecimento.
O Acordo Ortográfico, em vigor, prescreve assim:
«O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-humano.» (Base II – Do h inicial e final, 3.º).
Todavia, há um adjetivo, sem hífen, nas mesmas condições acima, como aistórico (datado, segundo Houaiss, de 1930). Aliás, o próprio Houaiss informa que aistórico, menos corrente e mais usado que anistórico, refere-se a uma forma «neológica controversa; propõe-se como forma alternativa anistórico, vocábulo calcado no pressuposto de que o a- privativo grego toma a forma an- antes de vogal, o que é verdade quando não se trata de vogal aspirada — precisamente o caso de histórico, do gr. historikós».
O Acordo não acolheria aistórico por ser uma forma neológica?
Como lidar com esta situação em sala de aula, especialmente na formação de professores de língua materna?
Pode-se considerar «ardil», «mui leda», «despois de ...», «cousa», «senão ajuntar...» como exemplos do uso do registo popular da língua?
Gostaria de saber a origem do apelido Aroso.
Obrigado.
No nosso idioma, um príncipe e um grão-duque de um principado e de um grão-ducado independentes devem ser chamados apenas de «príncipes soberanos», ou também de «príncipes reinantes»? Se as duas denominações forem legítimas, haveria uma terceira?
Caberia o hífen entre as duas palavras? Elas estão sujeitas a flexão de gênero?
Gratíssimo.
Numa das cartas ao director, no jornal O Público de 30 de Janeiro, um leitor, num texto intitulado "Péssimo português", insurge-se contra a forma como aparece escrito o título “Porque errou o patriarca” e, logo a seguir, contra um artigo, escrito por «um professor que não quer ser avaliado» (percebendo ele bem a razão por que não quer), "Porque não entregarei os objectivos individuais”.
O jornalista apressou-se a dar «toda a razão» ao leitor, pedindo «desculpas pelo erro». O professor ainda não respondeu.
O que é certo é que, no dia 1 de Fevereiro, talvez sob a influência dos ensinamentos do referido leitor (mesmo entendendo que os exemplos não são perfeitamente equivalentes), no mesmo jornal e na revista Pública, surgem estes dois títulos: “Por que é que ainda não temos televisão a cores” (pág. 38 do jornal) e “Por que é que juntar uma maçã a um conjunto de frutos ainda verdes acelera o seu amadurecimento?” (pág. 47 da revista)
Voltei a consultar o Ciberdúvidas, algumas gramáticas e alguns prontuários e considero que o senhor em questão não tem razão em ser tão peremptório. Queiram esclarecer-me, mais uma vez, por favor.
Agradecendo, desde já, a vossa disponibilidade, subscrevo-me atenciosamente,
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