A obra Vocabulário — As Palavras Que Mudam com o Acordo Ortográfico, do ILTEC, edição da Editorial Caminho, diz que «O uso do hífen é mais restrito no novo Acordo e as regras mais sistemáticas». Depois, regista «as palavras que mudam», mas não acolhe preaquecer ou preaquecimento, o que quer dizer que são palavras que se mantêm inalteradas, com a grafia registada, por exemplo, no Dicionário Eletrônico Houaiss: preaquecer («aquecer previamente») e preaquecimento («ato ou efeito de preaquecer»).
Cabe, no entanto, referir que pre- tem uma forma tónica, pré-. Esta forma tónica usa-se antes de um segundo elemento com «vida à parte», segundo a Base XVI, 1, alínea f) do Acordo Ortográfico de 1990:
«Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).»
Pelos exemplos citados, é discutível que não tenham "vida à parte" certos elementos colocados depois da forma átona pre-; por exemplo, pospor, que está dicionarizado, pode ser o mesmo "pós-pôr", que não está. O caso de preaquecer e preaquecimento é ainda mais característico: significando, respectivamente, «aquecer previamente» e «aquecimento prévio», são palavras que mantêm a autonomia semântica (composicionalidade) dos elementos constituintes. É, pois, possível escrever também pré-aquecer e pré-aquecimento, mesmo à luz dos preceitos do novo acordo ortográfico.