DÚVIDAS

A colocação do pronome átono com após
Gostaria que me esclarecessem uma dúvida se possível. A frase «Após se ter despedido da família, o médico dirigiu-se ao hospital.» estará correta? Ou seria correto empregar o pronome desta forma: «Após ter-se despedido da família, o médico dirigiu-se ao hospital.» Este tema é para mim muito difícil de assimilar, tendo em conta os inúmeros atratores de pronomes existentes cujo listado completo não encontro nas gramáticas. Agradeço a vossa ajuda!
Oração reduzida encaixada: «quando comparada com os seus colegas»
Na frase «Ela trabalha muito bem quando comparada com os seus colegas», o particípio passado comparada concorda com o sujeito. Não me parece que tenha função adjetival, mas também não há verbo auxiliar para me dar a certeza de que se trata da voz passiva. Parece-me haver omissão do verbo ser: «Ela trabalha muito bem (se for) comparada com os seus colegas.» Será assim? Obrigada.
A locução «pelo menos»
Eu gosto muito de analisar fenômenos linguísticos do português e há uma situação que me tem roubado o sono, a questão do uso da expressão «pelo menos» pelos jornalistas nas suas notas de reportagem. É correto, em caso de morte, usar a expressão «pelo menos»? Por exemplo: A) «Daniel matou pelo menos 5 mil pessoas». A frase é, sob o ponto de vista semântico, aceite? Porque isso, para mim, é como se o locutor esperasse e/ou desejasse que mais pessoas tivessem sido mortas. Obrigado.
A regência de distinguir com entre
Encontrei a seguinte oração em um livro técnico: «No estudo das normas jurídicas, a doutrina costuma distinguir entre regras e princípios.» Achei absurda a construção. Acredito que, apesar de o verbo possuir a acepção de diferenciar coisas "entre" si, não aceita tal preposição. Ao meu ver, o correto seria «... a doutrina costuma distinguir regras de princípios». Mas ao pesquisar pela Internet, achei alguns outros exemplos deste uso. Por favor, poderiam me esclarecer se estou equivocada?
O nome metralhamento
O termo metralhamento pode ser aceite como correto no léxico do português europeu? Já o vi grafado em alguns meios, como o diário dos debates parlamentares, e revistas militares. Gostaria de o utilizar na tradução do termo strafed, derivado do verbo strafe, que significa «atacar com metralhadoras ou canhão, a partir de aeronaves voando a baixa altitude», embora os dicionários traduzam genericamente por bombardear. Desde já, muito grata pelo vosso parecer.
A regência de compulsão
Qual é a regência do nome compulsão? Compulsão a/para algo ou em algo? Segundo o [Dicionário Prático de Regência Nominal de Celso Pedro] Luft , quando o nome pedir complemento, teremos apenas o a ou para. Em muitos dicionários, não achei o em. Porém... recentemente, observei a seguinte frase: «A compulsão EM procurar não deve se sobrepor [...].» Desde já, agradeço a enorme atenção.
A pontuação de «e não é que funcionou»
No contexto de trabalho, surgiu uma dúvida relativamente à pontuação da frase – e passo a citar – «E não é que funcionou». Uma colega dizia-me que seria uma afirmação, com ponto final: «E não é que funcionou.» No entanto, para mim, seria obviamente uma interrogação: «E não é que funcionou?» (ou, quanto muito, uma exclamação: «E não é que funcionou!») Gostaria de esclarecer esta questão e perceber, então, o porquê. Muito obrigada.
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