DÚVIDAS

A 2.ª pessoa do plural dos verbos: «Vós fizestes»
No programa Cuidado com a Língua que foi para o ar no dia 18 de Maio (se não estou em erro), na secção em que alertam para erros verificados em publicidade e afins, referiram, a propósito do DVD Sei o Que Fizestes no Verão Passado, que a expressão "fizestes" não pode ser utilizada «nunca, jamais, em tempo algum». Mas então... como se conjuga a 2.ª pessoa do plural do verbo fazer no pretérito perfeito? Não é «vós fizestes»? Ora, quem profere este título é o misterioso assassino, dirigindo-se a um grupo de jovens: eu sei o que (vós, jovens) fizestes o Verão passado! Incorrecto seria o muito comum "fizestéis"! Ou será que está algo a falhar no meu raciocínio (o que admito desde já)?
Ainda sobre as consoantes mudas
É comum (ao menos no Brasil) chamarem-se «consoantes mudas» àquelas não seguidas de vogal, como o p da palavra helicóptero. Porém, [...] fui alertado para o fato de que consoantes mudas são aquelas que não são pronunciadas, com o c da palavra facto no português europeu. Daí me veio uma dúvida: que nome se dá a consoantes como o p de helicóptero ou o c de caracterizar? Ou seja, consoantes que são efetivamente pronunciadas.
Perda = perca
Tenho uma dúvida no que diz respeito ao uso de perda e perca. A resposta fornecida por esta página diz que ambas as formas são corretas, sendo a segunda popular, mas corretíssima. No entanto, aprendi que perda é um substantivo e perca é uma forma conjugada do verbo perder. Foi enfaticamente frisado que é um erro muito grosseiro usá-las fora destas funções. Por exemplo, correto é dizer «Isto é uma perda de tempo», mas jamais deve ser dito, «Isto é uma perca de tempo». Outro exemplo, diz-se: «Perca o medo dos desafios» e não «Perda o medo dos desafios». Gostaria de saber o porquê dessas diferenças. Aprendi a forma incorreta? Ou, neste caso, há diferenças entre Brasil e Portugal? Ou, ainda, há controvérsias sobre o tema?
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