DÚVIDAS

Discurso indireto: futuro do indicativo e condicional
Fiquei responsável de redigir uma ata de reunião e corrigiram o tempo verbal associado à passagem para o discurso indireto. A frase era mais ou menos a seguinte: «As professores X e Y comunicaram que, no dia Z, seria feita a entrega de prémios do concurso de poesia.» Escrevi "seria", usando o condicional, partindo do princípio de que devia respeitar as regras de transposição de discurso direto para indireto, assumindo que em discurso direto teria sido usado o futuro do indicativo. Saliento que a ata foi lida e aprovada na reunião seguinte, portanto depois do referido evento (a entrega de prémios) já ter sido realizado. Consultei as gramáticas de referência, como a da Gulbenkian, e percebi que de facto, por vezes, as regras mais "clássicas" não devem ser aplicadas, mas não encontrei qualquer regra que justifique que tenham corrigido "seria" e passado para "será". Há alguma regra que eu desconheça e que faça com que esta correção esteja correta? Agradeço muito se me puderem responder, porque estou tentada a continuar a escrever no condicional, quando se tratar da citação em discurso indireto sobre algo que se prevê para o futuro. Obrigada.
O neologismo zerésimo
Encontrei a "palavra" zerésimo (em português), zeroth (em inglês) e cerésimo (em espanhol) em diversos dicionários, sejam físicos, sejam digitais... e, em tese, seria o numeral ordinal anterior ao primeiro! Pois muito bem, é legítimo usar o termo zerésimo? Por exemplo, na seguinte situação: alguém que não tem netos, até o momento, está em seu "zerésimo" neto (por exemplo)! Existe o termo? É neologismo? É algo comum de se utilizar? Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!
O topónimo Candão (Águeda e Oliveira do Hospital)
Não é a primeira vez que me interrogo sobre a origem deste raro e curioso topónimo: "Candam". Ao que sei, existem apenas duas povoações com este nome, uma na Beira Alta, em pleno concelho de Oliveira do Hospital, e outra nas circunvizinhanças de Águeda. Gostaria de obter mais algumas informações, se assim for possível, acerca da etimologia de "Candam", e igualmente o porquê da grafia "-am" nestas duas circunstâncias. Muito agradeço, desde logo, a vossa atenção.
Convescote, outra vez
Sobre diz Peixoto da Fonseca (22/02/00) que "existe realmente o termo convescote, mas ninguém o usa. Encontra-se documentado no Vocabulário da Língua Portuguesa do prof. F. Rebelo Gonçalves, mas desconheço onde ele o desencantou (nem lá diz o que significa)." Remeto o senhor Peixoto para pelo menos três dicionários (o Aurélio, o Michaellis e o Grande do Cândido de Figeiredo), que não só registam o termo como também o abonam, e lhe explicarão onde Rebelo Gonçalves o foi desencantar.
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