Depois de verificar em várias gramáticas do Brasil e pesquisar no Ciberdúvidas (não entendi a explicação de vocês), gostaria de uma resposta mais clara. Não sei como vocês trabalham, se cada um de vocês se reúnem para discutir uma pergunta e procurar uma solução coerente. Gosto muito do site, porém, perco-me às vezes com as respostas. Como trabalho com a língua portuguesa, estou sempre à procura de uma explicação. Como escrever os números por extenso?
No Brasil, nunca escrevemos os números por extenso usando vírgula. Após mil quando o primeiro algarismo da centena final é zero ou depois do mil quando vier com zero.
Exemplo: 1002 – mil e dois
1300 – mil e trezentos
1945 – mil novecentos e quarenta e cinco (aqui não usamos e depois de mil)
Em Portugal, há uma outra maneira de escrever?
Gostaria de entender por que motivo têm aparecido na língua portuguesa umas designações de números "inovadoras". O Ciberdúvidas já contestou (e bem) aqueles que querem impor a expressão «centenas de milhar» em vez do usual «centenas de milhares». Outra "inovação" recente é dizer «81 milhão» em vez de «81 milhões». A primeira vez que ouvi tal coisa julguei tratar-se de pessoa ignorante. Mas, entretanto, tenho ouvido tal expressão absurda da boca de pessoas qualificadas (ontem foi Cândida de Almeida, procuradora-geral adjunta). Podem explicar?
Gostaria de tirar a seguinte dúvida:
Em notas de avaliação por extenso, a vírgula também se escreve por extenso?
Por exemplo:
12,6 — «doze vírgula seis»
12,6 — «doze, seis»
Qual das duas opções é a mais correta?
Reconhecendo a maior utilidade deste espaço de esclarecimento dedicado à língua portuguesa, gostaria de manifestar, desde já, o meu agradecimento pela atenção que possa merecer a questão que passo a colocar.
Vi, recentemente, serem aplicados os fenómenos fonéticos seguintes:
primarium < primariu — apócope do fonema "m";
primariu < primairu — metátese do grupo "ri" para "ir";
primairu < primeiro — assimilação do "a" para "e".
Quanto à queda e à transposição de fonemas, encontram-se as mesmas de acordo com os ensinamentos adquiridos. Já quanto à "assimilação" não nos parece correcta a sua aplicação, porquanto tal definição implica que a transformação de um fonema o seja noutro igual ou semelhante a um que lhe seja contíguo e dentro da mesma palavra, tal como ocorre, por exemplo, em ipsum < isso, onde o "p" se assemelhou ao "s".
Solicito, pois, o favor de me esclarecerem sobre a alteração ocorrida em "a" para "e", no caso supra apresentado.
Reiterando agradecimentos e formulando os melhores votos para a prossecução de tão meritório trabalho, apresento os melhores cumprimentos.
Como fazer a concordância verbal do pronome indefinido todo + verbo ser quando for precedido de dois substantivos, um do gênero masculino e outro do feminino? Devo usar todo o e toda a, ou apenas o primeiro?
Exemplos:
«Todo o cuidado e prudência no trânsito nunca são demais.»
«Todo o cuidado e a prudência no trânsito nunca são demais.»
«Todo cuidado e prudência no trânsito nunca é demais.»
«Todo cuidado e prudência no trânsito nunca são demais.»
Muito obrigada.
Gostaria de saber porque temos de utilizar de quando dizemos «um milhão de carros foram ao evento» e não utilizamos o de quando dizemos «um milhão e um carros foram ao evento».
Pode me ajudar neste caso?
Obrigado.
Estou a fazer uma tradução do inglês e debato-me com a expressão inglesa «a ten-thousandfold world system», uma expressão que pode ter leitura tanto do ponto de vista da diversidade como da dimensão. Tal como, creio, por ex., a palavra quádruplo, a qual tanto se pode referir a quatro nuanças de uma situação como a uma dimensão quatro vezes maior.
Procurei no dicionário (Houaiss) e vi que a palavra miríade significa: «número, grandeza, correspondente a dez mil».
Do mesmo modo que a quatro corresponde quádruplo, que palavra deve corresponder a dez mil? Lembrei-me de "miriadécuplo", mas tenho sérias dúvidas.
Agradeço a resposta que me deram. Porém, a minha referência à expressão inglesa pretende apenas indicar o enquadramento. Na verdade, a minha questão é somente:
– se a quatro corresponde quádruplo, a cinco corresponde quíntuplo, a nove corresponde nónuplo, a noventa corresponde nongêntuplo, que termo corresponde a dez mil? Será miriadécuplo, já que uma miríade são dez mil?
Agradecido pela atenção.
2x: duplo;
3x: triplo;
4x: quádruplo...
E 7x ?
E 9x ?
Como devo redigir este excerto de acta?
1 – Com vírgula (conforme o exemplo)?
2 – Sem vírgula?
«Foi feito o levantamento das acções de formação para o biénio dois mil e nove, dois mil e onze.»
Com a revisão de Setembro de 2007 da TLEBS, verificou-se o desaparecimento de algumas classes de quantificadores: indefinidos, relativos e interrogativos. Verifiquei, igualmente, que surgiram os quantificadores existenciais. Para além disso, surgiram os determinantes indefinidos e desapareceram os quantificadores indefinidos. Poder-me-ão ajudar?
Fico antecipadamente grata pelo esclarecimento.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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