Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Solange Santos Costa Professora Recife, Brasil 31K

Depois de verificar em várias gramáticas do Brasil e pesquisar no Ciberdúvidas (não entendi a explicação de vocês), gostaria de uma resposta mais clara. Não sei como vocês trabalham, se cada um de vocês se reúnem para discutir uma pergunta e procurar uma solução coerente. Gosto muito do site, porém, perco-me às vezes com as respostas. Como trabalho com a língua portuguesa, estou sempre à procura de uma explicação. Como escrever os números por extenso?

No Brasil, nunca escrevemos os números por extenso usando vírgula. Após mil quando o primeiro algarismo da centena final é zero ou depois do mil quando vier com zero.

Exemplo: 1002 – mil e dois

1300 – mil e trezentos

1945 – mil novecentos e quarenta e cinco (aqui não usamos e depois de mil)

Em Portugal, há uma outra maneira de escrever?

Miguel Magalhães Tradutor Lisboa, Portugal 7K

Gostaria de entender por que motivo têm aparecido na língua portuguesa umas designações de números "inovadoras". O Ciberdúvidas já contestou (e bem) aqueles que querem impor a expressão «centenas de milhar» em vez do usual «centenas de milhares». Outra "inovação" recente é dizer «81 milhão» em vez de «81 milhões». A primeira vez que ouvi tal coisa julguei tratar-se de pessoa ignorante. Mas, entretanto, tenho ouvido tal expressão absurda da boca de pessoas qualificadas (ontem foi Cândida de Almeida, procuradora-geral adjunta). Podem explicar?

Cláudia Barros Administrativa Gaia, Portugal 6K

Gostaria de tirar a seguinte dúvida:

Em notas de avaliação por extenso, a vírgula também se escreve por extenso?

Por exemplo:

12,6 — «doze vírgula seis»

12,6 — «doze, seis»

Qual das duas opções é a mais correta?

Afonso de Mesquita Aposentado da Função Pública Covilhã, Portugal 9K

Reconhecendo a maior utilidade deste espaço de esclarecimento dedicado à língua portuguesa, gostaria de manifestar, desde já, o meu agradecimento pela atenção que possa merecer a questão que passo a colocar.

Vi, recentemente, serem aplicados os fenómenos fonéticos seguintes:

primarium < primariu — apócope do fonema "m";

primariu < primairu — metátese do grupo "ri" para "ir";

primairu < primeiro — assimilação do "a" para "e".

Quanto à queda e à transposição de fonemas, encontram-se as mesmas de acordo com os ensinamentos adquiridos. Já quanto à "assimilação" não nos parece correcta a sua aplicação, porquanto tal definição implica que a transformação de um fonema o seja noutro igual ou semelhante a um que lhe seja contíguo e dentro da mesma palavra, tal como ocorre, por exemplo, em ipsum < isso, onde o "p" se assemelhou ao "s".

Solicito, pois, o favor de me esclarecerem sobre a alteração ocorrida em "a" para "e", no caso supra apresentado.

Reiterando agradecimentos e formulando os melhores votos para a prossecução de tão meritório trabalho, apresento os melhores cumprimentos.

Larissa Vasconcelos Avelar Revisora Belo Horizonte, Brasil 11K

Como fazer a concordância verbal do pronome indefinido todo + verbo ser quando for precedido de dois substantivos, um do gênero masculino e outro do feminino? Devo usar todo o e toda a, ou apenas o primeiro?

Exemplos:

«Todo o cuidado e prudência no trânsito nunca são demais.»

«Todo o cuidado e a prudência no trânsito nunca são demais.»

«Todo cuidado e prudência no trânsito nunca é demais.»

«Todo cuidado e prudência no trânsito nunca são demais.»

Muito obrigada.

Carlos Renato Estudante São Paulo, Brasil 6K

Gostaria de saber porque temos de utilizar de quando dizemos «um milhão de carros foram ao evento» e não utilizamos o de quando dizemos «um milhão e um carros foram ao evento».

Pode me ajudar neste caso?

Obrigado.

Nuno Aragão Arquite{#c|}to Viseu, Portugal 6K

Estou a fazer uma tradução do inglês e debato-me com a expressão inglesa «a ten-thousandfold world system», uma expressão que pode ter leitura tanto do ponto de vista da diversidade como da dimensão. Tal como, creio, por ex., a palavra quádruplo, a qual tanto se pode referir a quatro nuanças de uma situação como a uma dimensão quatro vezes maior.

Procurei no dicionário (Houaiss) e vi que a palavra miríade significa: «número, grandeza, correspondente a dez mil».

Do mesmo modo que a quatro corresponde quádruplo, que palavra deve corresponder a dez mil? Lembrei-me de "miriadécuplo", mas tenho sérias dúvidas.

 Agradeço a resposta que me deram. Porém, a minha referência à expressão inglesa pretende apenas indicar o enquadramento. Na verdade, a minha questão é somente:

– se a quatro corresponde quádruplo, a cinco corresponde quíntuplo, a nove corresponde nónuplo, a noventa corresponde nongêntuplo, que termo corresponde a dez mil? Será miriadécuplo, já que uma miríade são dez mil?

Agradecido pela atenção.

Jorge Seabra Bancário Paços de Ferreira, Portugal 3K

2x: duplo;

3x: triplo;

4x: quádruplo...

E 7x ?

E 9x ?

Fátima Carreira Professora Coimbra, Portugal 6K

Como devo redigir este excerto de acta?

1 – Com vírgula (conforme o exemplo)?

2 – Sem vírgula?

«Foi feito o levantamento das acções de formação para o biénio dois mil e nove, dois mil e onze.»

Carla Duarte Estudante Porto, Portugal 4K

Com a revisão de Setembro de 2007 da TLEBS, verificou-se o desaparecimento de algumas classes de quantificadores: indefinidos, relativos e interrogativos. Verifiquei, igualmente, que surgiram os quantificadores existenciais. Para além disso, surgiram os determinantes indefinidos e desapareceram os quantificadores indefinidos. Poder-me-ão ajudar?

Fico antecipadamente grata pelo esclarecimento.