Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: quantificador
Sílvia Ruivo Formadora Lisboa, Portugual 3K

Gostaria de saber se ambas as expressões estão correctas, mudando apenas a interpretação, ou só uma delas é válida e porquê:

— «qualquer limitação de horários»;

— «quaisquer limitações de horários».

Agradeço, desde já, a atenção dispensada.

Maria Santos Desempregada Lisboa, Portugal 7K

Na frase «De muitos destes trabalhos sobram certos novelinhos», como devemos classificar morfologicamente muitos — pronome, ou determinante?

Obrigada pela atenção dispensada.

Aguardo resposta.

Erick Souza Professor Fortaleza, Brasil 15K

O número 400.º escrito por extenso aceita a nomenclatura "quadricentésimo", ou somente "quadrigentésimo"?

Graça Ribeiro Professora Faro, Portugal 37K

Ensinamos aos alunos que pertencem à mesma classe as palavras que se podem substituir entre si no eixo paradigmático, mantendo a gramaticalidade da frase. Ora, o critério distributivo não é aplicável à classe dos quantificadores, uma vez que se podem comportar como determinantes (quantificadores existenciais, universais e interrogativos), mas também podem ter um comportamento misto, precedendo o nome ou substituindo o grupo nominal (quantificadores numerais). Se a distinção determinante/quantificador tem apenas uma base semântica, como evitar a mera memorização de definições (e de listas de palavras) no trabalho de explicitação com os alunos?

Já em relação aos pronomes indefinidos, o DT não fixou qualquer alteração relativamente à tradição gramatical, ao associar na mesma subclasse o uso pronominal dos determinantes indefinidos e dos quantificadores existenciais, universais e interrogativos. A base semântica, relevante para fixar a quantificação nominal, não foi aqui considerada.

Tenho, pois, as maiores dúvidas sobre a condução de um processo de observação que permita tirar conclusões e sistematizar as propriedades das classes e subclasses em apreço:

Determinante indefinido vs. pronome indefinido

Vieram [outros] alunos./Vieram [outros].

Mas... quantificador (existencial/universal) vs. pronome indefinido

Vieram [alguns] alunos./Vieram [alguns].

Vieram [todos] os alunos./Vieram [todos].

Sempre... quantificador numeral

Vieram [dois] alunos./Vieram [dois].

Espero ter conseguido explicar as minhas dúvidas. Obrigada pela atenção.

Decio Santini Ros Aeroviário aposentado São Paulo, Brasil 6K

A mídia brasileira escreve, fala «1,2 milhão», «1,8 bilhão», «0,7 ponto». A portuguesa escreve «1,8 milhões», «1,1 bilhões», «0,70 euros». Tenho exemplos.

Qual delas está certa? Por quê?

Maria Jacinta Magalhães Tradutora Queluz, Portugal 27K

Recorro mais uma vez à vossa ajuda.

Pode iniciar-se uma frase por um algarismo? («2 indivíduos compareceram à reunião.»)

E se se tratar de uma percentagem — também em início de frase — como deve ser escrito? («7%»; «sete por cento»; «7 por cento»)

Obrigada.

João Rafael Dionísio Investigador Cascais, portugal 6K

Não descobri se esta dúvida, quiçá muito básica, já estava respondida noutra entrada:

O "século XVIII" e o "século de setecentos" são o mesmo, não são?

(e por aí adiante, "séc. XVI"; "quinhentos"...)

Agradeço desde já.

Cristina Laranjeiro Designer Porto, Portugal 10K

Como se diz correctamente?

— «Centésimas de segundo.»

— «Centésimos de segundo.»

Solange Santos Costa Professora Recife, Brasil 30K

Depois de verificar em várias gramáticas do Brasil e pesquisar no Ciberdúvidas (não entendi a explicação de vocês), gostaria de uma resposta mais clara. Não sei como vocês trabalham, se cada um de vocês se reúnem para discutir uma pergunta e procurar uma solução coerente. Gosto muito do site, porém, perco-me às vezes com as respostas. Como trabalho com a língua portuguesa, estou sempre à procura de uma explicação. Como escrever os números por extenso?

No Brasil, nunca escrevemos os números por extenso usando vírgula. Após mil quando o primeiro algarismo da centena final é zero ou depois do mil quando vier com zero.

Exemplo: 1002 – mil e dois

1300 – mil e trezentos

1945 – mil novecentos e quarenta e cinco (aqui não usamos e depois de mil)

Em Portugal, há uma outra maneira de escrever?

Miguel Magalhães Tradutor Lisboa, Portugal 7K

Gostaria de entender por que motivo têm aparecido na língua portuguesa umas designações de números "inovadoras". O Ciberdúvidas já contestou (e bem) aqueles que querem impor a expressão «centenas de milhar» em vez do usual «centenas de milhares». Outra "inovação" recente é dizer «81 milhão» em vez de «81 milhões». A primeira vez que ouvi tal coisa julguei tratar-se de pessoa ignorante. Mas, entretanto, tenho ouvido tal expressão absurda da boca de pessoas qualificadas (ontem foi Cândida de Almeida, procuradora-geral adjunta). Podem explicar?