Em convite-surpresa, deve ou não haver hífen?
Vejo muita divergência em se tratando desse assunto.
Agradeço a atenção.
A mãe de um amigo meu de infância me disse que eu não posso chamar três amigas pessoais minhas daqui de Vitória (Espírito Santo) de conterrâneas, já que não somos naturais da mesma cidade, ou, por extensão, do mesmo estado (eu próprio sou natural de Brasília, a primeira e a terceira são naturais de Timóteo [Minas Gerais] e a segunda é natural do Rio de Janeiro [cidade]).
Acontece que o dicionário explica que conterrâneo(a) é quem é da mesma terra do que o (a) outro (a), mas ele não diz que tem que ser da mesma terra NATAL (ou seja, terra DE NASCIMENTO...)!
Além disso, nós quatro somos muito mais capixabas do que brasilienses (em meu caso, que me mudei para Vitória em 1992), mineiras (nos casos da primeira e da terceira, que se mudaram para cá em 2000) ou cariocas (no caso da segunda, que se mudou para cá em 1990), haja posto que já estamos por aqui há tempos!
Capixaba é o natural ou residente do Espírito Santo (estado)... não é verdade?
A mãe de meu amigo de infância está correta ou não com isso tudo e por que no caso?
Obrigado.
Abísmico – esta palavra existe na língua portuguesa?
O Dicionário Houaiss data a palavra lusíada de 1530, ou seja, quarenta anos de Luís de Camões ter publicado Os Lusíadas.
Que uso teve a palavra até à publicação da epopeia?
O mesmo dicionário data a palavra lusitano de 1572, a data de Os Lusíadas. Parece estranho que lusíada tenha surgido antes de lusitano. Há um explicação para tal?
Gostaria de saber se é correto dizer «fazer uma festa», ou «festas a alguém», com o significado de «carícia».
Na minha terra natal diz-se muito, por exemplo, «fazer festas» às crianças, com esse significado de as acariciar.
Muito obrigada desde já.
Na expressão «rumo a Canaã» (em referência à Canaã bíblica), ocorre ou não crase?
Para mim, não há, porque «quem vai a Canaã e volta de Canaã – acento para quê?», mas, em diversos textos acadêmicos e jornalísticos confiáveis, vi o contrário, o que abalou minha convicção.
Grato.
Junto envio uma citação que contém a palavra "alfoque".
«Ti Chico é mais prático na descrição: "Joga-se o berbigão para dentro da murejona pela boca. Leva um cabo grosso, põe-se um alfoque e atira-se ao mar."» (jornal Barlavento, 01/10/2020, p. 8)
Consultei vários dicionários da língua portuguesa e outros do léxico algarvio, mas sem sucesso.
Espero que consigam satisfazer a minha curiosidade.
Obrigado.
Qual é a designação de um habitante da freguesia da Ribeira Seca, da Ribeira Grande (Açores)?
O Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo; Topónimos e Gentílicos de I. Xavier Fernandes; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira e Enciclopédia D.N. – todos eles assinalam dois gentílicos para a referida cidade nortenha: matosinhense e matosinheiro.
Em roda de amigos surgiu a dúvida sobre matosinheiro. Se bem que a mais comummente empregado seja matosinhense, podemos considerar errado matosinheiro ou ambos estão absolutamente correctos?
Agradeço o vosso empenho em prol da língua portuguesa.
A resposta segue o Acordo Ortográfico de 1945.
Apesar de já ter lido por aqui que há várias exceções às regras de concordância entre sujeito e verbo, gostava de esclarecer se os casos que exponho abaixo – em que o sujeito (que remete para um coletivo) está no singular e o verbo no plural – estão efetivamente errados e se o correto seria o verbo estar no singular (ficou infetado, está em quarentena, está a ser procurado)
«Um total de 35 médicos ficaram infetados com covid-19»
«Um total de 340 pessoas estão em quarentena»
«Um grupo de 30 migrantes estão a ser procurados»
Isto porque, embora não se trate de expressões numéricas, como na frase «Mil euros não será demais?», os sujeitos remetem para a ideia de coletivo. Nestes casos, pode o sujeito estar no singular e o verbo no plural, uma vez que se refere ao número de pessoas?
A minha dúvida aplica-se, sobretudo, ao verbo ser.
Obrigada
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