Em português medieval, os nomes que vinham do francês com o sufixo -age1, por exemplo, viagem (de viage) convergiram por analogia com os nomes que evoluíram de outros latinos terminados em -ine – tal como virgem, do latim vulgar virgĭne – que tinham variantes sem nasal (marcados por til, n ou m).
Em muitos dialetos portugueses, como aconteceu em galego, a convergência foi em sentido contrário: a forma virgem já tinha a variante virge, sem nasalidade como acontecia com a forma arcaica viage.
1 José Pedro Machado observa no seu Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa: «Primitivamente [-agem] era, como em francês -age: linhage, menage. Cedo porém passou a -agem por analogia com -agem1 [do latim -agĭne, como em imagem].»