Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Tempo/Modo/Pessoa/Número (verbos)
Diego Marcelo Padilha dos Santos advogado Piratininga, Brasil 2K

Quanto à flexão, qual a indicação da gramática normativa quando, a despeito de figurar em construção de voz passiva, o infinitivo servir de complemento a adjetivo e ostentar o mesmo sujeito da oração principal?

A título de exemplo: «Os exercícios são difíceis de ser/serem resolvidos.»

Ainda, passando-se à segunda oração à construção passiva pronominal, devemos enveredar pela flexão do infinitivo passivo ou pela não flexão do infinitivo complemento?

«Os exercícios são difíceis de se resolver/resolverem.»

Álvaro Faria Ator Lisboa, Portugal 2K

«O frango está a cozinhar», em vez de «[…] a ser cozinhado». Há aqui alguma figura de estilo?

Obrigado.

Maria Cristina Perry Tradutora técnica Lisboa, Portugal 3K

Em bioquímica, é muito comum a expressão em inglês «Y expressing cells» (sendo Y um exemplo), que em português é traduzida para «células que expressam Y». Esta tradução é muito limitada, pois transmite a ideia de uma condição transitória e não de uma característica das células.

Por exemplo, no tempo passado teríamos de usar «as células que expressavam Y foram lavadas com…», dando ideia que era uma consequência do teste. Por outro lado, «células expressando …» também não soa natural.

O mais fácil seria usar «células expressoras», estando o termo expressor em dicionários brasileiros. Porque não podemos adotar o mesmo termo?

Obrigada.

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 6K

Quando se passou a tratar por vós a pessoa respeitável que conheçamos, em vez de usá-lo, esse pronome, a referir a várias pessoas?

E quando surgiram os demais pronomes de tratamento, como Senhor, Vossa Mercê (você/"cê") e tantos outros.?

Os latinos os usavam, tinham os seus próprios ou não possuíam esse tipo de pronome, preferindo apenas os velhos e bons tu e vós àqueles?

Alexandra Castro Arquiteta paisagista Seixal, Portugal 5K

Diz-se «cada um de vós fazei uma pirueta» ou «cada um de vós faça uma pirueta»?

Obrigada!

João Amorim Bancário Lisboa, Portugal 7K

Embora encontre vários esclarecimentos no Ciberdúvidas sobre o uso dos comparativos mais bem e melhor – o primeiro sempre com a ligação a um adjetivo participial –, mantenho esta hesitação: «Ele é quem hoje mais bem escreve na imprensa portuguesa», ou tem de ser «Ele é hoje quem melhor escreve na imprensa portuguesa»?

Obrigado.

Dulce Helena Silva Rodrigues Professora Pinhel, Portugal 4K

As palavras «(ele) mente» e «(a) mente» são homónimas ou homógrafas? Do meu ponto de vista, são homógrafas, uma vez que não as leio da mesma maneira.

Obrigada.

Filipa Torrão Vila Nova de S. Bento, Portugal 6K

Gostaria de saber porque se usa, na seguinte frase, o infinitivo conjugado: «[...] o IKEA tem dois ou três carvalhos debaixo de olho que considera terem potencial para se transformarem numa mesa de cabeceira.»

Teresa Vasconcelos Docente Funchal, Portugal 9K

Pode escrever-se «bem hajas», se trato por tu a pessoa a quem me estou a referir ?

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 3K

Os exemplos aduzidos por Napoleão Mendes de Almeida no seu Dicionário de Questões Vernáculas não apresentam o verbo parecer flexionado na 1.ª e na 2.ª pessoa do singular e do plural.

Uma vez que procurei em diversas gramáticas exemplos nas pessoas mencionadas, dentre elas, na d[e] Mira Mateus [Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Editorial caminho, 2003], desejava saber se vocês poderiam aduzir exemplos de autores portugueses que construíram esse verbo na 1.ª e na 2.ª pessoa do singular e do plural com infinitivo [...] não flexionado, como, nestes exemplos: «Eu pareço querer mudar o mundo.»; «Tu pareces agir como Bacharel de Cananeia.»

Por último desejava ainda saber se esse emprego é lídimo português ou se é já brasileiro, [e]m razão de as [...] completivas equivalerem a «Eu pareço que quero mudar o mundo» [e] «Tu pareces que ages como Bacharel de Cananeia». Não haveria porventura um engano, já que o pronome eu não é sujeito de pareço, mas de quero, de querer, da mesma maneira que o tu não é sujeito de pareces, mas de ages, de agir.

Mais uma vez os meus agradecimentos ao vosso trabalho, de que tanto o Brasil precisa.