DÚVIDAS

Nova terminologia linguística em Portugal: auxiliares, modais e sintaxe
Gostaria de começar por lhes agradecer a ajuda que me têm dado na resolução das muitas dúvidas que a língua portuguesa levanta. Muito obrigada! Entretanto, aqui lhes coloco mais algumas questões: 1. Não encontrei na nova Terminologia linguística o conceito de conjugação perifrástica. Deve continuar a ser considerado? Será que a análise do aspecto verbal e dos valores modais substitui o estudo da perifrástica? 2. Quando, numa frase, surgem os verbos modais dever e poder, estes devem ser encarados como meros auxiliares ou devemos vê-los como núcleo de um grupo verbal e seleccionando uma oração não finita como complemento directo? Assim, a frase «Devo trabalhar» deve ser analisada como uma frase simples ou complexa? 3. Como analisar sintacticamente frases do tipo «Cansada, ela calou-se»? Muito obrigada.
A combinação de pronomes átonos
Num desafio com um amigo de tentar descobrir o máximo número de hífens que poderia existir numa palavra, chegámos a "pré-abrir-se-me-vo-la-á". O significado seria alguma coisa do género «a porta [la] será [se] aberta [abrir][á] antes do tempo [pré] a vós [vo] por meu desejo [me]. Depois tivemos algumas dúvidas... Para não complicar, pergunto só se essa palavra é possível. Se não é, quais são os erros? Obrigado!
A morfossintaxe de quanto (quantificador e pronome)
Agradecendo, desde já, a vossa preciosa ajuda, em questões várias, através das respostas dadas a outros consulentes, peço eu agora, também, e sem querer abusar da vossa paciência, um esclarecimento: a que classes morfológicas pode pertencer a palavra «quanto»? E na frase «Não sei quantos livros já terei lido», em particular? Será um pronome interrogativo ou um pronome relativo? Se é um pronome, que nome substitui? Se não é, talvez seja um determinante interrogativo. Se assim for, como classificamos a oração «(...) quantos livros terei lido»? Tratar-se-á, então, de uma oração subordinada substantiva relativa, ou será uma oração subordinada adjectiva restritiva (se for pronome relativo)? Não poderá ser uma oração subordinada adjectiva interrogativa indirecta (se se tratar de um pronome interrogativo)? Ou não é nada disto?
A sintaxe de fazer-se (= «fingir»)
Em relação à frase «As meninas se fazem de difícil», eu creio que ela esteja errada, mas ao inverter, ela parece estar correta. Sendo assim: «As meninas, de difícil, se fazem.» Mas se «difícil» é um adjetivo, o mesmo não deveria concordar com o nome com o qual está ligado? Ou seja, a frase não deveria ser: «As meninas se fazem de difíceis»? Além dessa dúvida, gostaria de saber também se «de difíceis» está funcionando como predicativo do sujeito. Se não estiver, qual é sua função na frase? Obrigado desde já.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa