A sintaxe do verbo lembrar, uma vez mais
Mais uma vez gostava de congratular a equipa do Ciberdúvidas pelo vosso desempenho. Não me canso em enaltecer o quão agradecida estou pelo serviço que é prestado à língua portuguesa.
Desta vez a minha dúvida reside na regência do verbo lembrar. Li um comentário que fizeram a respeito duma personalidade brasileira: «Lembramos e prestamos várias homenagens a este grande brasileiro.»
A minha dúvida é a seguinte, esta frase está correcta no português europeu? Sei que o verbo lembrar requer o uso da preposição de. Mas pergunto-me se admite excepções e se a frase transcrita é uma delas.
Agradeço desde já a atenção dada à minha questão. Infelizmente, não encontrei nenhuma resposta no vosso repertório de perguntas e respostas que me consiga esclarecer.
Obrigada.
«Para além de»
Poder-me-iam-dizer se a expressão «para além de» é um articulador do discurso?
«Dar de comer» e «dar que comer»
Nas frases «Quando chegares a casa, dá de comer ao cão» e «Quando chegares a casa, dá o que comer ao cão», não consigo entender a associação do verbo dar com a preposição de (1.ª frase), a construção «dá o que comer» (2.ª frase) nem as diferenças (isto é, se as houver) existentes entre estas frases.
Obrigado.
A regência da palavra entendimento
Na questão «É correcto o entendimento de que a garrafa está cheia?», a palavra entendimento deve ser seguida de de que ou de que?
Porquê?
Voz passiva e verbo haver
Tenho algumas dúvidas relativamente à análise destas duas frases no que respeita à voz passiva.
1.ª — «Todos os movimentos são cuidadosamente calculados.»
Eu considero aqui que estamos na presença da voz passiva, resultante da construção verbo ser + particípio passado. Por favor, corrijam-me se estou errada.
Relativamente ao verbo ser, o seu estatuto aqui é de verbo semiauxiliar?
2.ª — «Deixou de haver bons cristãos e malvados palestinianos.»
O que devo considerar? Que se encontra na voz activa, dada a ausência de particípio passado?
No que refere à identificação do complemento directo, é aqui possível a aplicação do critério sintáctico da pronominalização? Parece que não soa muito bem dizer «Deixou de havê-los».
Muito grata pela atenção dispensada.
A classificação de «de ti» na frase «O tempo cuidará de ti»
Como classificar «de ti» na frase «O tempo cuidará de ti»?
Como poderá a expressão «de ti» ser substituída por um pronome?
Adjunto adverbial: «apesar da sua fraqueza»
Gostaria de saber como se divide a oração seguinte: «Apesar da sua fraqueza, os Homens superaram sempre os Deuses.» A minha professora afirmou que existiam duas orações. A 1.ª: «Apesar da sua fraqueza» — oração subordinada concessiva; e a 2.ª: «os Homens superaram sempre os Deuses» — oração subordinante. Só que, para mim, essa divisão e essa classificação não me convencem. Gostaria muito que me esclarecessem sobre este ponto, porque vou fazer o Exame Nacional de 9.º ano em Junho.
Muito obrigada.
O adjectivo veloz na qualificação do substantivo (nome) carro
Gostaria de saber se o adjetivo veloz qualifica o substantivo carro nas frases a), b), c); e se o adjetivo veloz qualifica o substantivo João, isto é, «João é veloz», na frase d).
a) «O veloz carro de João é bonito.»
b) «O carro veloz de João é bonito.»
c) «O carro de João, veloz, é bonito.»
d) «O carro de João veloz é bonito.»
«Noutro dia»
Gostaria de saber se deveremos utilizar «Eu noutro dia fui a Lisboa...» ou «Eu outro dia fui a Lisboa...», pretendendo dizer que, num passado recente mas não definido, estive naquela cidade.
Muito obrigado.
A sintaxe de destruir e roubar
Gostaria de saber a regência dos verbos destruir e roubar nestes dois exemplos:
«O fogo destruiu a plantação do fazendeiro.»
«Ninguém deve roubar a infância de um ser humano.»
Muito grata.
