«Fazer de alguém tolo» vs.«fazer-se tolo»
O gramático Júlio Moreira [1854-1911], nos seus Estudos da língua portuguesa, volume I, pág. 140, alerta-nos para a diferença de registo entre «faz de nós tolos» e «faz-nos de tolos»; pois bem, gostaria de saber que diferença há entre «O Joaquim faz-nos de tolos» e «o Joaquim faz-se de tolo».
Seria correto analisar o verbo fazer nessas frases como transitivo-predicativo, em que os complementos nos e se são complementos diretos e «de tolos» e «de tolo» nos respectivos exemplos são predicativos do complemento direto?
No caso de esses exemplos serem equivalentes, porque é que em Portugal e no Brasil também, mas entre pessoas escolarizadas, se usa o verbo fazer como transitivo direto e indireto em frases como estas?
(1) «O Pedro fez de nós tolos.»
Porque não se diz «Pedro fez-nos de tolos», já que também se diz «O Pedro fez-se de tolo»?
Obrigado.
A combinação pronominal «me a» num poema de Fernando Pessoa
Agradecia um esclarecimento sobre a função sintática do pronome pessoal me no verso «Minha loucura outros que me a tomem» (poema "D. Sebastião", de Mensagem).
Há quem considere complemento indireto, mas tenho dúvidas.
Muito agradecida pela atenção.
O modificador restritivo do nome na expressão «detetive do passado»
Na frase «meticuloso detetive do passado, este homem foi um gigante na construção da nossa identidade», a expressão «do passado» desempenha a função sintática de complemento ou modificador do nome?
Desde já o meu muito obrigada.
«Tomadas de uma incerteza momentânea»
vs. «tomadas por uma incerteza momentânea»
vs. «tomadas por uma incerteza momentânea»
Diz-se «um grupo de pessoas tomadas de uma incerteza momentânea» ou «um grupo de pessoas tomadas por uma incerteza momentânea»?
Obrigada.
A sintaxe do verbo constar
O verbo constar pode usar-se como sinónimo de compreender na frase «No que consta as atividades do Plano Anual de Atividades, os alunos da turma participaram em todas elas com muito empenho»?
O verbo estrear com um modificador do grupo verbal
Na frase «Estreado em 1843, "Frei Luís de Sousa" é ainda hoje um drama romântico.» Pretendia saber se o constituinte "em 1843" desempenha a função de modificador ou de complemento oblíquo.
Muito obrigada!
Os pronomes relativos quem e que com preposição:
na frase «O homem de que te falei é o meu pai»
na frase «O homem de que te falei é o meu pai»
Tenho uma dúvida em relação ao uso dos relativos que e quem. Normalmente se costuma dizer que quem se usa para pessoas.
A minha dúvida é, por exemplo, na seguinte frase: «O homem de quem te falei é o meu pai.» Seria correto dizer «o homem de que te falei é o meu pai»? É sempre possível utilizar que nos contextos em que normalmente se usa que?
Muito obrigada!
Um modificador do grupo verbal em «ergueu os olhos para o céu»
Na frase «ergueu os olhos para o céu», qual a função sintática de «para o céu»?
Obrigada.
«Fiz-lhe perder tempo» e «fê-lo perder tempo»
As construções "Fiz-lhe perder tempo" (=Fiz perder tempo a si, ao senhor) e "Fi-lo perder tempo" (=Fiz o senhor perder tempo) estão ambas correctas?
Complementos e modificadores dos nomes redondilha, soneto e poesia
Na frase:
«As redondilhas da lírica tradicional de Camões têm influência da poesia palaciana.»
qual a função sintática desempenhada pelos constituintes: «da lírica tradicional», «de Camões» e «palaciana»?
E na frase:
«O soneto petrarquista influenciou Camões»
qual a função sintática de «petrarquista»?
E ainda na frase:
«A poesia camoniana apresenta marcas clássicas»
[o que são] «camoniana» e «clássicas»?
Grata pela atenção.
