Sou estudante brasileiro, cursando a graduação em Letras na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Acompanho o sítio Ciberdúvidas e as discussões que lá se passam, há alguns anos. E, certamente, sou mais um dos inúmeros consulentes que têm dúvidas com relação ao uso do hífen de acordo com a Reforma Ortográfica.
Minha dificuldade, em específico, é concernente ao prefixo re-. Li algumas respostas, das quais a 24188, mas, mesmo assim, persiste o problema. O que entendo, na regra b) do 1.º da Base XVI e em seu complemento, dado pelo texto introdutório do 1.º, que indica quais os prefixos e falsos prefixos considerados, é que, apesar de re- não estar relacionado na lista, podemos inferir que nela se encontra, já que há ali um terrível "etc.", que dá à interpretação possibilidades mil. Li também alguns artigos a respeito do Acordo, como o "Guia prático da Nova Ortografia", de autoria do professor Douglas Tufano, publicado aqui no Brasil pela Editora Melhoramentos, e não obtive esclarecimento sobre isso.
Serão aceitáveis as grafias de "re-edição" e "re-educação", por exemplo? Se não, quais são os argumentos que posso utilizar para refutá-las?
Acredito que o senhor pode me ajudar a sanar essas terríveis dúvidas.
Desde já, muitíssimo obrigado.
Sou um estudante italiano de língua portuguesa que mora em Turim. Estou a traduzir para o italiano um conto de Mia Couto, escritor moçambicano. Encontrei na sua escrita uma série de palavras que eu acho que são criadas pelo autor, mas ouvi que estas palavras existem no "português de Moçambique":
"barafundido", "esvoar", "desarpoar", "estonteação", "estrelinhar", "cabistonto", "pilha-patos", "voações", "eclatar", "desacudidas"
Dado que cá em Turim não é possível encontrar um dicionário das línguas africanas, pediria para vocês uma confirmação da existência ou um conselho do livro que deveria consultar.
Muito obrigado.
Gostaria de saber qual é a explicação para que a palavra "*item*" e o seu plural "*itens*" se grafe sem acento ("ítem" e "ítens", respectivamente). Será a mesma que subjaz à ausência daquele na forma verbal "transitem", por exemplo?
Muito obrigado.
O substantivo que designa o praticante de ténis de mesa deve escrever-se «mesatenista» ou «mesa-tenista»?
Esta questão divide-se em duas partes.
Primeiro, gostaria de saber se existe uma forma portuguesa da palavra inglesa Wyvern (criatura alada muito usada na heráldica). Até hoje, não encontrei uma tradução portuguesa desta palavra e a tradução em língua mais próxima que encontrei foi uma espanhola, traduzindo para serpente alada, que não me parece que descreva correctamente a criatura.
Em segundo lugar, gostaria de tentar descobrir se existem, em português, nomes distintos para as várias criaturas comummente traduzidos como duendes. Sobre esta designação, já encontrei uma enorme diversidade de criaturas mitológicas, de leprechauns a trolls, passando por goblins e dwarfs/dwarves, todas elas bastante diversas em tamanho e aspecto. Haverá maneiras de as distinguir em português, ou é aceitável, no caso de não haver tradução directa, usar os termos ingleses (ou das suas respectivas línguas de origem)?
Como se assinala o ditongo nas palavras caiu e bóia?
Deve escrever-se "cepa-torta", ou "cepa torta", ou "sepa torta"?
Deve escrever-se "auto-avaliação" e "hetero-avaliação", ou "autoavaliação" e "heteroavaliação"? O novo acordo ortográfico foi aprovado e deve pôr-se em prática, ou está em fase de análise?
Há alguns dias, perguntei qual era a pronúncia de jacto e de lacticínio em Portugal, pois, apesar de ter lido a vossa resposta no mesmo artigo sobre consoantes não articuladas, que me foi enviado como resposta, vi no dicionário da Academia das Ciências de Lisboa que o c era dado como articulado no verbete jacto. O fato me causou espécie e quis tirar a prova dos nove. Daí a questão anteriormente enviada.
Como também encontrei o seguinte texto em outra resposta do site:
(...) 2. também, quando articulado em apenas um dos países, como, por exemplo, cacto, caracteres, coarctar, contacto, dicção, facto, jacto, perfunctório, revindicta, tactear, tacto, tecto; (...)
Penso em aprofundar o assunto, pois aqui no Brasil não temos jacto como forma viva na língua.
Por favor, qual é a pronúncia de jacto em Portugal, a que está no dicionário da Academia das Ciências, ou a do artigo sobre consoantes inarticuladas?
Grata.
"Tardo medieval", "tardomedieval" ou "tardo-medieval"? O corrector ortográfico corrige-me a do meio, mas todas estas três formas se podem já encontrar numa rápida pesquisa na Internet... E não é que o corrector também me corrige o termo "Internet"?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações