Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Eugénia Ferreira Professora Porto, Portugal 8K

O diminutivo de baú é "bauzinho" ou "baúzinho"? A dúvida surgiu porque ambas as hipóteses apareceram em textos de manuais.

Gílson Celerino Estudante Hanôver, Alemanha 17K

Escrevo-lhes em parte para pedir esclarecimentos, em parte para, com cuidadosa modéstia, contribuir.

Começo pela contribuição. Acerca da conjunção como, ao ler nesta resposta a categórica afirmação de não-existência da pronúncia /cumo/ no Brasil, tenho de discordar.

Certamente não era do conhecimento dos senhores consultores — daqueles que formularam a resposta — a variação ortoépica existente no Nordeste brasileiro. Embora tida como ruralizante, a pronúncia /cumo/ ainda se encontra em pessoas mais velhas ou em falantes que vivam mais afastados dos grandes centros urbanos. Tal fato se torna bastante notável em frases que contenham a expressão de realce é que. Por exemplo: «Como é que vai a senhora?» pode soar, no Nordeste do Brasil, da seguinte maneira: /cumé qui vai a sinhóra?/, em que ocorre elisão de como + é.

Em seguida, a respeito do tema em apreço ainda me restam dúvidas relativamente à pronúncia doutras palavras. Em se tratando de língua portuguesa, que palavras são, por natureza, átonas? Há classes gramaticais de palavras inteiramente átonas?

De acordo com o que aconselham, deve-se proferir /cômo/; se se trata de dissílabo átono, como se explica a preferência pelo o fechado, em contraste com porque /purque/? Sem contar com outros monossílados átonos, por exemplo: por, com.

Muito obrigado pela atenção.

Pedro M. Estudante Recife, Brasil 5K

Apesar de já ter lido em uma pergunta anterior sobre este assunto, ainda não me convenço de que a palavra maoismo deva ser grafada assim, pois, segundo o próprio texto do Acordo Ortográfico, «Admitem-se, todavia, excepcionalmente, à parte destes dois grupos, os ditongos grafados ae (= âi ou ai) e ao (âu ou au): o primeiro, representado nos antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos derivados e compostos (caetaninha, são-caetano, etc.); o segundo, representado nas combinações da preposição a com as formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao e aos

Então o encontro vocálico do a + o de maoismo não é um ditongo, segundo o Acordo Ortográfico. Eu mesmo falo "ma-ô-ís-mo" (e acredito que a maioria das pessoas também fala assim) e não "mau-is-mo" (se fosse pronunciada desse modo, deveria ser escrita "mauismo"). Sobre a acentuação de paroxítonas em i ou u precedidos de ditongos, o texto diz: «Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas, quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, cauila (var. cauira), cheinho (de cheio), sainha (de saia).» Mas o mesmo texto diz que apenas ao, aos e Caetano (e seus derivados) são ditongos. O restante dos ditongos decrescentes deve ser grafado com i e u, e não com e ou o. Além disso, como se escreveria a palavra maoismo com a tônica no o? Então por que o VOLP prescreve que a grafia acertada é maoismo, maoista, taoismo, taoista, etc.?

Obrigado por esclarecimento.

Gilson Celerino da Silva Filho Estudante Hanôver, Alemanha 10K

Caros amigos do Ciberdúvidas, gostaria de uma explicação quanto às regras de acentuação para o plural de palavras como dólmen, sêmen, lúmen, éden, hífen, gérmen, abdômen, etc.

Por favor, considerem o meu pedido de explicação relativo ao plural terminado em ns, e não em nes.

A minha dúvida surgiu quando, no dicionário eletrônico Houaiss, encontrei o plural germens em contraste com "sêmens"; cólons em contraste com "abdonens".

Tenham os meus sinceros agradecimentos.

Paulo Legoinha Docente da FCT-Universidade Nova de Lisboa Almada, Portugal 3K

Seria possível dar um parecer sobre qual a grafia mais correcta para os seguintes termos:

"cocolito" ou "cocólito"

"girogonito" ou "girogónito"

"holótipo" ou "holotipo"

"paratipo" ou "parátipo"?

Francisco Miguel Valada Intérprete de conferência Bruxelas, Bélgica 8K

Não percebo por que motivo não se grafa o e com acento [na palavra pletora], mas que se grafa, grafa.

Antes do Acordo Ortográfico de 1945, escrevia-se indevidamente com c (plectora), quando o étimo (plēthōra) o não reconhecia.

Podeis explicar-me por que esta proparoxítona não é acentuada?

Por tradição ou por outra insondável razão?

Mais uma vez, parabéns pelo excelente serviço público que prestam.

Pedro Ferreira Professor Guarda, Portugal 5K

O Acordo Ortográfico de 1990 (AO1990) suprime quase todos os acentos diferenciais.

1 – Posso concluir que a entrada em vigor do AO1990 leva a que se passe a grafar "Meda" e não mais "Mêda"?

2 – Posso concluir que a entrada em vigor do AO1990 leva a que se passe a grafar rio "Coa" e não mais rio Côa?

3 – Posso concluir que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras contém um erro quando inclui a palavra côa, que deveria ser simplesmente "coa"?

Ana Falcão Estudante Lisboa, Portugal 7K

A palavra instituição acentua-se em que sílaba?

Paloma dos Santos Estudante Mato Grosso do Sul, Brasil 28K

Eu gostaria de saber qual é a palavra que traz ditongo: é paisinho, ou paizinho?

Obrigada.

José Raeiro Estudante Porto, Portugal 5K

Gostaria de saber se as seguintes palavras levam ou não acento, visto que encontro iguais referências às mesmas com e sem acento:

"hiperlactatemia", "hipertrigliceridemia", "hiperglicemia".

Existem outras com o mesmo sufixo onde se verifica a mesma ambivalência nos resultados.

Obrigado.