Actualmente, forma "baúzinho" é impossível, porque o diminutivo de baú é uma palavra grave, cuja sílaba tónica é -zi-. Não tem, portanto, sentido nenhum manter o acento gráfico. Quanto ao facto de ocorrer em manuais, se estes são recentes, só pode tratar-se de erro. Mas convém sempre ter em conta a data de publicação: é que antes de 1973, em Portugal, os diminutivos transformavam em acento grave o acento agudo da então chamada palavra primitiva: baú > baùzinho. Isto acontecia devido ao preceito enunciado na Base XXIII do Acordo Ortográfico de 1945:
«Escrevem-se com acento grave, na parte anterior ao sufixo, os advérbios em mente que provêm de formas marcadas com acento agudo: benèficamente, contìguamente, diàriamente; agradàvelmente, distraìdamente, genuìnamente, heròicamente, miùdamente; màmente, sòmente.
Do mesmo modo, escrevem-se com acento grave, na parte anterior à terminação, os derivados em que entram sufixos precedidos do infixo z e cujas formas básicas são também marcadas com acento agudo: chàvenazinha, làbiozinho, nòdoazita; bòiazinha, faùlhazita, màrtirzinho, òrfãzinha, rèpteizitos; anèizinhos, avòzinha, cafèzeiro, chapèuzinho, chàzada, heròizinho, màzona, pèzito, pèzorro, pèzudo, santa-fèzal, sòzinho, vintènzito.»
O caso de baùzinho era assim semelhante ao de faùlhazita.