Recentemente, ao ler um relatório, deparei com a palavra "feminidade". Achei que estava perante um erro, ou seja, que deveria estar em seu lugar a palavra feminilidade. A reincidência do termo no documento fez-me ir ao Priberam e confrontar os dois. Continuo a considerar que, dada a natureza do documento, em que se procedia, por exemplo, à apresentação, em percentagem, da prevalência de mulheres em determinada profissão, a palavra certa deveria ser feminilidade (taxa de). Ainda assim, gostaria de saber se se pode usar uma em substituição da outra, ou se, conforme o Priberam, "feminidade" diz respeito a fraqueza feminil, e feminilidade é o sexo feminino ou a ele relativo.
Obrigado.
Confundo bastante os termos "bom coração" e "honestidade", e sendo estes virtudes, vou usando-as num mesmo contexto como «um bom coração», sinónimo de outro, honestidade; sendo assim, não os emprego com total segurança.
Ex.:
1. «O seu bom coração revelou-se nos seus alegres filhos...»
2. «A sua honestidade revelou-se nos seus alegres filhos...»
Entretanto, há quem diga que a honestidade pode-se manifestar num mundo relativamente restrito da pessoa portadora [como entre os entes (queridos) mais íntimos — somente nestes]; ao passo que o «bom coração» se revela pelo amor ao seu semelhante, demonstração de carinho, gentileza, entre outras virtudes, incluindo a honestidade.
Como disse acima, falta-me segurança no seu uso, ou não sei se estou certo.
Agradeço a atenção!
Quando peço aos alunos para realizarem uma tarefa utilizando instrumentos de medida (régua, transferidor, esquadro), devo dizer «utilize instrumentos de medida», ou «utilize instrumentos de medição»?
Obrigada.
Apesar das variadas acepções do verbo distinguir, é correcta esta construção: «Distinguir as diferentes figuras geométricas planas»?
Obrigado.
Gostaria de saber a diferença entre «por parte de» e «da parte de».
«Este presente é da parte da minha mãe.»
«O político recebeu uma moção de apoio por parte de um grupo composto por...»
Gostava também de saber o significado de mais-valia quando utilizado nesta situação:
«Saber falar chinês é hoje uma mais-valia para os que pretendem garantir um bom futuro.»
Todas as definições encontradas remetem para o campo da economia.
E neste caso:
«Estás a aprender inglês? Mais valia aprenderes chinês!»
Obrigado!
Qual é o gentílico de Mascate, capital de Omã, país da Península Arábica?
Com a palavra, os genialíssimos consultores do Ciberdúvidas.
Muito obrigado.
Recentemente vejo várias casas comerciais a anunciarem "epilações", "epilação", ao invés de depilação. Parece-me um francesismo grotesco e ridículo, mas já vi um dicionário conceituado online que continha o termo e cujo sinónimo apresentado era depilação. Já se usará assim tanto para ser aceite esta segunda designação?! Gostaria, se possível, que comentassem este fenómeno.
Após pesquisar no Ciberdúvidas, não consegui o desejado efeito cibernético.
Se se pretender atribuir um nome a uma entidade pública administrativa nos Açores, com responsabilidades ao nível da execução de uma matéria nacional (isto é, não regionalizada), pergunto: deve ser utilizada a preposição de, ou em?
Exemplifico:
1) Instituto de Gestão da Reinserção Social «dos» Açores;
ou
2) Instituto de Gestão da Reinserção Social «nos» Açores.
Sei que a prática é o caso 1). Mas não será que o contexto requer o tão necessário quanto espinhoso «distinguo»?
O nome do exemplo é imaginado, mas o caso concreto é real. Trata-se de uma entidade com o mesmo nome da entidade ao nível nacional. O que as distinguirá no futuro será precisamente o complemento «Açores».
Se se seguir o que aqui foi escrito, o complemento «Açores», sendo um substantivo, parece que deveria ser qualificado como «determinante». Neste caso, porém, determinante é o facto de o «Instituto» ser da «Reinserção Social». O facto de estar «nos» Açores é meramente circunstancial.
Isto tem mais importância ao nível semântico: se a Reinserção Social não foi regionalizada, a preposição do caso 1) induz o leitor em erro pela sua ambiguidade, pois tem como significação a Reinserção Social pertencer aos Açores, o que do ponto de vista referencial está errado. Já o caso 2) significa que se trata do organismo que gere a Reinserção Social referente aos Açores, isto é, uma mera circunstância acessória ao nome (quem? o Instituto de Gestão; o quê? da Reinserção social; onde? nos Açores).
Do ponto de vista semântico, trata-se de um acto ilocutório com uma declaração assertiva, pois o legislador estará a dar um nome a uma entidade, incluindo o lugar da sua actuação («nos» Açores)
Em suma: no caso que descrevi, não será mais correcto o uso da preposição em?
Qual é o antónimo de carinhoso? Seria grosseiro, ou não carinhoso?
Agradeço a atenção!
Na frase «Ler com autonomia, bem como falar com naturalidade, é de grande valia...»
— Faço confusão nos termos autonomia e naturalidade.
— Qual o sentido das frases:
1. «Ler (ou falar) com autonomia?»
2. «Falar com naturalidade?»
Agradeço de antemão.
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