Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Fenómenos fonéticos
Hakeel Gabriel Professor Luanda, Angola 2K

No Dicionário Infopédia, a transcrição fonética de como – seja como advérbio seja como forma do verbo comer – é ['kumu].

De acordo com a norma-padrão, está correta? Qual é a fundamentação teórica, uma vez que não se deve fechar a vogal da sílaba tónica da palavra?

Lucas Tadeus Estudante Mauá, Brasil 1K

Estava a assistir a um vídeo na rede sobre o dialeto de Açores e vi que eles, assim como o Brasil, cortam o erre do infinitivo, ou seja, eles falam "amá(r)", "comê(r)", "ri(r)".

O que me fez perguntar o quanto parecido de Portugal o Brasil é.

Lembrei de outras questões, como por exemplo alguns brasileiros usarem o pronome pessoal de caso reto ele como se fosse de caso oblíquo.

Daí a pergunta: qual dialeto de Portugal se assemelha mais ao português do Brasil?

Jose Machado Reformado Algés, Portugal 1K

Existe alguma diferença de significado entre sorôdio e serôdio ?

A primeira aparece associada à cultivo do arroz.

Com agradecimentos antecipados.

Erika Andreza Estudante Brasil 1K

Qual é a palavra dentro da língua portuguesa que representa o termo inglês eggcorn?

Parece que às vezes eles usam a palavra oronyms no lugar, mas oronyms em português é outra coisa.

Um exemplo deles para explicar esse fenômeno:

ex. 1: It seemed to happen all over sudden. (errado) ex. 2: It seemed to happen all of a sudden. (correto) [= «parece ter acontecido de repente»]

Um da nossa língua:

ex. 1: «Batatinha quando nasce esparrama pelo chão.» (errado) ex. 2: «Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão.» (correto)

José de Vasconcelos Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 1K

Palavras acabadas em io são às vezes pronunciadas sem o o final no Brasil, que soa [u].

Tal fenómeno se opera em Portugal?

Há um livro que vocês me poderiam indicar para eu ler acerca desses casos?

Muito obrigado!

Eduardo González-Aurioles García Tradutor/intérprete Granada, Espanha 2K

Desde há muito tempo tenho escutado na fala diferentes pronúncias nas vogais duplas de palavras como compreender ou cooperação, chegando a escutar variantes como "compriender" (i em vez de e) e "cuoperação" (u em vez de o na primeira vogal), mas não estou totalmente certo se estas pronúncias realmente existem ou não. Portanto, gostaria que me esclarecessem se possível qual é a pronúncia correta ou padrão destas palavras em português europeu e se existem outras variantes.

Desde já o meu obrigado e os meus parabéns pelo site e pelo vosso grande trabalho.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 37K

Podemos considerar a forma fadigado já como um arcaísmo, dada a prevalência do uso de fatigado?

Aliás, qual dos termos é mais antigo: fadiga ou fatiga?

Obrigado.

Jesús Acosta Músico San Cristóbal de La Laguna, Espanha 3K

Gostaria de saber se para além das vibrantes simples – vibrante simples alveolar e vibrante simples retroflexa –, existem outros róticos em posição final de palavra no português de Portugal.

É que posso ouvir um r estranho nalguns portugueses que parece aspirado, por exemplo, nas palavras melhor, mulher, ou assibilado, por exemplo, na palavra sempre, quando o e átono final não é pronunciado.

Caso existam, também gostaria de saber, por favor, que símbolos do Alfabeto Fonético Internacional representam estes róticos.

Faço a pergunta, porque a ocorrência destes sons no português de Portugal não está descrita na bibliografia de consulta essencial para o estudo das diferentes variedades da língua portuguesa que existem em Portugal.

Fico à espera da sua resposta, que antecipadamente agradeço.

Luisa Barreiro Professora Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber qual/quais (o) processo(s) fonológico(s) que se verificaram na evolução do latim REGNU- para reino.

Tenho dúvidas sobre se terá havido apenas uma vocalização do g ou, pelo contrário, uma síncope do g e uma ditongação do e por influência de rei.

Agradecia muito que me esclarecessem.

Maria de Fátima Ferreira Rolão Candeias Professora aposentada Maia, Portugal 1K

Relendo a Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires (1925-1998), encontrei na página 41 da 2.ª ed., a seguinte frase:

«Silêncio à volta perpassado de mil ruídos (...) o garolar duma cabra, (...).»

Nos meus dicionários, "garolar" não aparece.

Gostava de saber se foi termo inventado pelo autor, se é gralha, ou se o defeito é dos meus dicionários.

Obrigada.