Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Morfologia Construcional
Miguel de Azevedo Técnico superior Porto, Portugal 5K

A propósito do misterioso objecto que tem, nos últimos dias, aparecido e desaparecido nos EUA reparei na grafia monólito, que me era até aqui desconhecida, uma vez que sempre disse/escrevi "monolito" — sem a tónica na segunda sílaba e sem acento agudo.

Pergunto se esta norma será recente já que trabalhos académicos que encontrei, em português europeu, usam da grafia "monolito". E, pela mesma lógica, escrevemos "monografia" e não "monógrafia" ou, se quisermos, "monocelha" e não "monócelha". "Megafone", e não "megáfone", etc etc.

Uma pedra/pedra única, mono + lito, "monolito".

O que me está a escapar?

 

 O consulente adota a ortografia de 1945.

Roberlei Gentil Toniete Vendedor Santo André - SP, Brasil 7K

Referir-se à pessoa que nasce no Brasil como brasileiro ou brasileira me parece um equívoco. Na verdade, remete a um tratamento pejorativo e que foi nacionalmente incorporado.

O termo tem origem na forma que o antigo português tratava seu patrício ao retornar a Portugal, vindo do Brasil. Na língua portuguesa, as palavras com sufixo -eiro ou -eira designam atividade laboral. São os casos de pedreiro, costureira, marceneiro, torneiro, e por aí vai.

Consultando dicionários, encontrei como principais gentílicos, brasiliano e brasílico. Há outros. As pessoas de língua inglesa tentam nos ajudar nos chamando de Brasilian. Os de língua espanhola também. Nos chamam de brasileños.

Vendo alguns gentílicos nacionais, vejo que na Bahia há maleiro, que é pejorativo. No Piauí há piauizeiro, que também é pejorativo. Ambos com sufixo -eiro.

Acredito que está na hora de nos recompormos e mudarmos a forma com que nos chamamos.

Grato.

Amelia Russo de Sá Aposentada das Nações Unidas Moçambique/ Portugal 3K

No artigo "Reduções de palavras que não são abreviaturas" de 26-11-2020, João Nogueira da Costa afirma o seguinte :

«O adjetivo belo tem a forma reduzida bel que se usa unicamente com o vocábulo prazer: «fazer algo a seu bel-prazer.»

A minha pergunta é : por que é a palavra belver (ou "bel-ver"?) não é considerada uma forma reduzida como bel-prazer? .

Muito obrigada pela atenção

Vítor Martins Consultor Almada, Portugal 2K

A palavra "ditadurial" existe ?

Antonio Batalha Economista Madrid, Espanha 2K

Não encontro a palavra "aclaratória" no dicionário de Português Priberam.

Ela não existe?

Pedro Teixeira Profissional independente de comunicação Portugal 1K

Depois de muito procurar, tanto no vosso belíssimo site como na Internet em geral, continuo com dúvidas relativamente à forma correcta de palavras muito específicas, respeitando a grafia antes do actual acordo ortográfico.

As palavras são: "oligoelemento" (seria "oligo-elemento" ou já sem hífen?) e "oligo-sacarídeo" / "oligo-sacárido" ou as formas sem hífen e com duplo "s".

Quanto a estas duas últimas, são sinónimos?

Vejo a palavra "oligossacarídeo" escrita frequentemente em artigos online, mas em alguns dicionários apenas encontro "sacárido" e não "sacarídeo" e nunca vi a forma "oligossacárido".

Desde já muitíssimo obrigado pelo tempo e atenção dispensados e pelo vosso excelente trabalho.

 

N.E. – O consulente adota a ortografia de 1945

Daniel Camargo Professor Limeira, Brasil 4K

Em convite-surpresa, deve ou não haver hífen?

Vejo muita divergência em se tratando desse assunto.

Agradeço a atenção.

Carlos Alexandre Xavier Fernandes Aviação Comercial Maia, Portugal 1K

O Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo; Topónimos e Gentílicos de I. Xavier Fernandes; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira e Enciclopédia D.N. – todos eles assinalam dois gentílicos para a referida cidade nortenha: matosinhense e matosinheiro.

Em roda de amigos surgiu a dúvida sobre matosinheiro. Se bem que a mais comummente empregado seja matosinhense, podemos considerar errado matosinheiro ou ambos estão absolutamente correctos?

Agradeço o vosso empenho em prol da língua portuguesa.

A resposta segue o Acordo Ortográfico de 1945.

Haran Osório Estudante Belo Horizonte – MG, Brasil 1K

Minha dúvida é sobre a forma correta de derivação do substantivo inundação para formar um adjetivo relativo a este. Até onde pesquisei não encontrei nos dicionários adjetivo já registrado.

«As correntes de inundação nas margens do córrego.»

«As corrente inundativas / inundatórias nas margens do córrego.»

Iara Taiar Estudante São Paulo, Brasil 65K

No português brasileiro, a junção da preposição com + pronome oblíquo si resulta em consigo. Apesar disso, é muito comum que as pessoas aqui utilizem "com si" em vez de consigo no dia a dia.

Por exemplo: «Seja mais paciente com si mesma», em vez de: «Seja mais paciente consigo mesma».

Gostaria de saber se ambas as formas estão corretas ou apenas uma delas é aceita, segundo a norma culta.

Obs. Sei que a língua portuguesa sofre muitas variações no Brasil em relação a Portugal, mas espero que apesar disso consigam me orientar sobre esse assunto!

Obrigada!