Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Morfologia
Rita Melo, Cristina Parreira, Maria Freire Docentes Porto, Portugal 92K

Estamos a levar a cabo um pequeno trabalho sobre a pronominalização de complementos directo e indirecto. Temos vindo a verificar um fenómeno interessante: os falantes usam frequentemente -lhe em pronominalizações que deveriam ser -o/a ou -os/as. Exemplo: «Ele viu o João ontem à tarde» — *«Ele viu-lhe ontem à tarde», entre outros. Gostaríamos de saber se também verificou esta ocorrência e quais as possíveis explicações para este facto. Também gostaríamos de questioná-lo sobre a existência de algum artigo relativo a este aspecto que poderíamos consultar. Desde já agradecemos a sua atenção. Saudações linguísticas...

Lucas Yassumura Escrevente Jundiaí, Brasil 38K

Gostaria de saber se o substantivo interditando é comum de dois gêneros. Nos textos jurídicos, é muito comum encontrar a referência à mulher como sendo a «interditanda», mas há dúvidas com relação à existência desta última forma.

Alice Gonzaga Reformada Casal de Loivos, Portugal 3K

Porque dizemos «Traz-me o Cerelac», «Traz-me o Nestum», mas «Traz-me a Milupa»? Qual o critério de género em marcas comerciais? A pressuposição de «Traz-me o (prato de/produto) Cerelac», mas «Traz-me a (farinha/papa) Cerelac»? Será que posso usar os géneros indiferentemente consoante o substantivo que estou a presumir omitir?

Júlia Ferreira Professora Lousã, Portugal 5K

Qual é a origem etimológica da palavra ribanceira?

Pedro Teixeira Editor Lisboa, Portugal 13K

Tenho um livro em fase de revisão final, tendo o revisor emendado a frase «José só vai a Lisboa de tempos a tempos» para: «... de tempos em tempos». Gerou-se alguma controvérsia, havendo ainda quem sustente que ambas as formas estão correctas.

Pedro Silva Estudante Lisboa, Portugal 24K

Quando se juntam as palavras calmamente e ordeiramente, faz-se o trânsito do sufixo -mente apenas para a segunda palavra, dizendo «calma e ordeiramente». É correcto fazer o mesmo em verbos? Estou a ver na televisão neste momento, relativo às dívidas do Estado português, escrito «deve e haver». O correcto não deveria ser «dever e haver»? A letra r não é propriamente um sufixo, faz parte da palavra, não me parece que possa haver trânsito.

Muito obrigado pela atenção.

Margarida Silva Professora Angra do Heroísmo, Portugal 12K

Como sabemos, o determinante é uma classe gramatical que se caracteriza por determinar o género e o número do nome que se lhe segue. Como tal, coloca-se antes do nome. Na frase «Os meus pais chegaram hoje», «meus» é um determinante possessivo. Então, a que classe pertencerá a palavra «os»? Não será um pré-determinante?

Já agora, se me permitem, em relação ao pronome, custa-me aceitar a designação de pronome para as palavras que substituem os nomes. Pois o que se passa na maior parte das vezes é que o pronome não substitui só o nome. Senão, vejamos: «O João entrou tarde.» «Ele entrou tarde.» «Ele» substitui não só o nome próprio «João» como o determinante artigo definido «o». Assim, o pronome pessoal «ele» estará no lugar do grupo nominal «o João», e não só do nome.

Obrigada pela atenção dispensada.

Alice Gomes de Almeida Professora Porto, Portugal 6K

Medricas pode ser considerado adjetivo?

Ana Maria Professora Portimão, Portugal 7K

Na frase «Resolveu ser diferente, porque queria aprender coisas novas», o porque introduz uma coordenada explicativa, ou uma subordinada causal?

Os meus agradecimentos.

Leonel Duarte Santos Explicador Rio Tinto, Portugal 7K

Uma vez que já existe um nome derivado (regressivamente) – «o canto» –, pergunto se é legítima a derivação imprópria do verbo cantar (ficando «o cantar»).

Ou seja, havendo já um nome derivado regressivamente, é legítma a derivação imprópria, ficando o nome igual ao infinitivo do verbo («o assobiar dos pássaros», quando já existe «o assobio», etc.)?