Estamos a levar a cabo um pequeno trabalho sobre a pronominalização de complementos directo e indirecto. Temos vindo a verificar um fenómeno interessante: os falantes usam frequentemente -lhe em pronominalizações que deveriam ser -o/a ou -os/as. Exemplo: «Ele viu o João ontem à tarde» — *«Ele viu-lhe ontem à tarde», entre outros. Gostaríamos de saber se também verificou esta ocorrência e quais as possíveis explicações para este facto. Também gostaríamos de questioná-lo sobre a existência de algum artigo relativo a este aspecto que poderíamos consultar. Desde já agradecemos a sua atenção. Saudações linguísticas...
Gostaria de saber se o substantivo interditando é comum de dois gêneros. Nos textos jurídicos, é muito comum encontrar a referência à mulher como sendo a «interditanda», mas há dúvidas com relação à existência desta última forma.
Porque dizemos «Traz-me o Cerelac», «Traz-me o Nestum», mas «Traz-me a Milupa»? Qual o critério de género em marcas comerciais? A pressuposição de «Traz-me o (prato de/produto) Cerelac», mas «Traz-me a (farinha/papa) Cerelac»? Será que posso usar os géneros indiferentemente consoante o substantivo que estou a presumir omitir?
Qual é a origem etimológica da palavra ribanceira?
Tenho um livro em fase de revisão final, tendo o revisor emendado a frase «José só vai a Lisboa de tempos a tempos» para: «... de tempos em tempos». Gerou-se alguma controvérsia, havendo ainda quem sustente que ambas as formas estão correctas.
Quando se juntam as palavras calmamente e ordeiramente, faz-se o trânsito do sufixo -mente apenas para a segunda palavra, dizendo «calma e ordeiramente». É correcto fazer o mesmo em verbos? Estou a ver na televisão neste momento, relativo às dívidas do Estado português, escrito «deve e haver». O correcto não deveria ser «dever e haver»? A letra r não é propriamente um sufixo, faz parte da palavra, não me parece que possa haver trânsito.
Muito obrigado pela atenção.
Como sabemos, o determinante é uma classe gramatical que se caracteriza por determinar o género e o número do nome que se lhe segue. Como tal, coloca-se antes do nome. Na frase «Os meus pais chegaram hoje», «meus» é um determinante possessivo. Então, a que classe pertencerá a palavra «os»? Não será um pré-determinante?
Já agora, se me permitem, em relação ao pronome, custa-me aceitar a designação de pronome para as palavras que substituem os nomes. Pois o que se passa na maior parte das vezes é que o pronome não substitui só o nome. Senão, vejamos: «O João entrou tarde.» «Ele entrou tarde.» «Ele» substitui não só o nome próprio «João» como o determinante artigo definido «o». Assim, o pronome pessoal «ele» estará no lugar do grupo nominal «o João», e não só do nome.
Obrigada pela atenção dispensada.
Medricas pode ser considerado adjetivo?
Na frase «Resolveu ser diferente, porque queria aprender coisas novas», o porque introduz uma coordenada explicativa, ou uma subordinada causal?
Os meus agradecimentos.
Uma vez que já existe um nome derivado (regressivamente) – «o canto» –, pergunto se é legítima a derivação imprópria do verbo cantar (ficando «o cantar»).
Ou seja, havendo já um nome derivado regressivamente, é legítma a derivação imprópria, ficando o nome igual ao infinitivo do verbo («o assobiar dos pássaros», quando já existe «o assobio», etc.)?
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