Tanto pode ser um nome/substantivo. Não consigo encontrar/descobrir/inventar uma frase em que tanto seja substantivo. Por exemplo, seria correcto dizer «o tanto que tu sabes não vale muito»?
Obrigado.
Gostaria de saber se não estará errado a cadeia de supermercados Continente usar o termo Promoçãozão para se referir, em publicidade, a superdescontos. Não deveria ser antes – mantendo o registo informal – promoçãozorra ou promoçãozona, sendo promoção um termo feminino?...
Obrigado.
Como tenho encontrado opiniões díspares mesmo no âmbito ferroviário, gostava de saber como se deve dizer em português, se "dresine" ou "dresina" (ou nenhuma delas) e qual a origem da mesma.
Obrigado.
Dioniso, ou Dionísio? Hoje em dia toda a gente diz Dionísio, mas em praticamente todos os livros o deus grego do vinho surge amputado de acento e i. Qual é a versão correcta?
Obrigado.
Durante a leitura do livro Luzia-Homem, obra datada de 1903, do escritor brasileiro (e de Sobral, estado do Ceará) Domingos Olímpio, deparei com a expressão «ficar a panos de vinagre» no contexto «Tivera eu a sua força, não precisaria de arma: quebrava-lhe a cara safada que ficaria a panos de vinagre» (Domingos Olímpio, Luzia-Homem, cap. IV, p. 13). Desconfio que a locução, de cunho idiomático, é herança lusitana. Diz-se assim em Portugal também? E, se sim, qual o sentido?
É sempre um prazer, para mim, solicitar sua opinião. Sendo a Rede Globo uma formadora de opinião, não considera o nome da novela Alto Astral ser grafado fora do padrão linguístico, já que após alto sempre haverá hífen, exceção única em altoplano, que aproveito para perguntar se há um porquê para altoplano não ter hífen?
Agradeço a atenção.
Se carrinho é o diminutivo de carro, ou seja, um carro pequeno, por que razão carrinha designa um veículo de maior dimensão do que um carro normal de passageiros? Ex.: «carrinha de mercadorias», «carrinha de caixa aberta», etc. Gostaria de ter a vossa sábia explicação para este facto.
Muito obrigada.
Quem lê Ricardo Reis sabe da necessidade de se colocarem umas gotitas de óleo no mecanismo da reflexão semântica, antes mesmo de se pôr o motor a carburar! E pode ser que, pelo tubo de escape, lá se expilam quaisquer grãos de chumbo que perdurarão pesados, rolando incessantemente pelo asfalto... Estando eu, portanto, a passar os olhos por uma dessas venerandas ;) odes ricardinas – sem qualquer pretensão de análise linguística, diga-se de passagem –, eis que o sino toca e a igreja se enche, repleta! Transcrevo o excerto que me serviu de inspiração para as posteriores análises:
«Nem vã sperança nem, não menos vã, / Desesperança, Lídia, nos governa / A consumanda vida. // Só spera ou desespera quem conhece / que há-de sperar. Nós, no labento curso / Do ser, só ignoramos. [...]»
Nesta passagem, a latinidade de R. R. vem à tona por meio daquela recusa contundente em não se permitir o "bárbaro" uso da vogal protética e daquele partícipio presente «labento» que escapa aos verbetes de dicionário1. Mas onde a fineza de estilo mais transparece é mesmo no uso do gerundivo «consumanda». Do que me relembro, conjugam-se neste adjectivo verbal (a) quer um valor modal deôntico de obrigação, (b) quer um valor diatético passivo no futuro (será por isso que certos latinistas falam do gerundivo como sendo uma espécie de particípio futuro passivo...). Parece, contudo, que, segundo a interpretação que escolhamos, isso nos levará a cambiantes de sentido diferentes.
Aceitando (a), contraria-se de certa forma o ideal de ataraxia, pois impele-se à acção. Pelo contrário, aceitando (b), o poeta referir-se-ia à «única certeza das nossas vidas» – o seu carácter efémero, aqueles estandartes com que publicita o seu próprio fim. Afinal, como ficamos?
Tudo isto me faz lembrar aquelo verso camoniano «... d'aspeito venerando...». Lendo-o à luz deste novo matiz (i. e. como se tratando da reminiscência de um particípio futuro passivo), parece que o autor quase que prevê que os receios do Velho se vão concretizar (e se não concretizaram?). Certamente que, contrariamente ao que apregoam bafientos dicionários, 'venerando' não poderá ser apenas um sinónimo de 'venerável'. Esquece-se-nos a expressão papal «damnabilis, sed non damnanda»? Sentir-me-ia satisfeito caso se dispusessem a partilhar a vossa visão sobre estes assuntos.
Desde já muitíssimo agradecido.
NOTA: TRADUÇÕES-TIPO
– valor modal deôntico de obrigação: «que deve ser...»
– valor diatético passivo no futuro: «que há-de ser...»
(São parecidas, hein?)
Gostaria de saber qual o substantivo que dá origem ao adjectivo atónito, isto porque atonia é o substantivo do adjectivo atónico, mas atónico e atónito são palavras diferentes.
Obrigada.
Há correlação entre as palavras gajo (Portugal), gajo e gajim (ciganos), e gaijin (Japão)?
Todas parecem significar «pessoa», genericamente, ou «pessoa estrangeira» ao grupo que a emprega.
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