DÚVIDAS

Sobre o verbo bazar
Há tempos li uma versão adaptada da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto (Verbo Juvenil). Se a minha memória não me engana, nesta obra a palavra bazar é utilizada para nomear a acção de um barco deixar o porto. Hoje em dia, esta palavra é tida como neologismo angolano. Já teve esta palavra o referido significado? Se sim, é de algum modo legítima a classificação desta como neologismo angolano, quando na realidade já era usada por gente de Portugal há tanto tempo? Não se estará a tomar o reavivar de um arcaísmo por neologismo?
A etimologia da palavra sénior
Qual a origem etimológica da palavra sénior? É estrangeirismo, ou advém de senhor? A letra b, por exemplo, no caso de se escrever de forma manuscrita, deve escrever-se de forma caligráfica, ou pode escrever-se como se apresenta neste monitor de computador? Os recentes estrangeirismos utilizados na linguagem comum serão recomendados? Exemplo de email, internet, blog, etc. etc., não se deveria utilizar a expressão correspondente ao significado traduzido em português, ou não terão tradução? Obrigada.
Ainda o nome latino Titus Flavius Josephus
Erudito consultor Carlos Rocha, Adro/átrio, ruga/rua são palavras que têm uso na língua portuguesa atual. Assim também como escala/escada, Bento/Benedito/bendito, -ário/-eiro, etc., etc., etc. No caso de Cipriano/"Cibrião", ambas originárias do prenome latino Cyprianus, só se usa atualmente Cipriano como prenome de pessoas e também para designar São Cipriano de Cartago, famoso padre da Igreja do século III, sendo Cibrião uma forma arcaica desusada desse mesmo antenome latino, salvo no caso dessa aldeia mencionada, o qual é, sem dúvida alguma, um caso isolado, um arcaísmo que acabou sobrevivendo por sorte, talvez até por conservadorismo. No caso de Josefo/José, formas provenientes do antenome latino Josephus, a primeira é totalmente desusada atualmente como prenome masculino, sendo José a forma corrente usada por todos. Josefo não sobreviveu nem para designar personagens bíblicas como José do Egito ou São José, pai adotivo de Jesus Cristo. Pode ser que eu esteja enganado, mas se trata de uma aportuguesamento mal feito. A não ser que se prove que, desde sempre em nosso idioma, foi, primeiramente, Flavius Josephus, ou algo parecido, e, depois, Flávio Josefo, aí. sim Josefo seria um arcaísmo que sobreviveu como Cibrião. Muito obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa