Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Raquel Amado Tradutora Setúbal, Portugal 18K

Gostaria de saber que preposição utilizar com o nome proximidade (ver pergunta n.º 24 537) na seguinte frase:

«O hotel goza de grande proximidade...» — com/a?

E também gostaria que me indicassem qual é a preposição correcta para utilizar com o verbo brindar.

«O hotel brinda os seus hóspedes com...», ou  «O hotel brinda aos seus hóspedes...»?

Vi que faz referência ao Dicionário de Regimes Substantivos e Adjectivos, de Francisco Fernandes. Existe algum outro (bom) dicionário de regências que me possa indicar?

Mariana Dias Estudante Porto, Portugal 2K

Na frase «O sôfrego do Miguel comeu tudo», a palavra sôfrego é um nome, ou um adjectivo?

Thomas Schlemmermeyer Freelance para: aulas de alemão, tradução, reda{#c|}ção Curitiba, Brasil 5K

Domino o português como língua estrangeira. Há algum tempo, procuro entender as frases com gerúndio a partir de um ponto de vista pragmático, isso quer dizer que, sem cair no estudo da nomenclatura para diferentes orações subordinadas (onde o gerúndio se mostra importante), parto para o estudo simples do significado de cada oração com gerúndio que encontro. E eis que uma frase interessante cruzou o meu caminho, cito-a dentro do contexto:

«Turistas, há poucos na semana, só o suficiente pra dar ao pessoal que vive de conduzir charretes algo que fazer. Quase não se nota sua presença, tirando fotos e almoçando peixe frito.» (Paraíso em cativeiro, Cecilia Giannetti, Folha de São Paulo, C2, 21.10.2008)

O texto evidentemente está escrito em estilo não formal, como é indicado pela forma "pra" em vez de para.

Mas mesmo assim o uso do gerúndio aqui me intriga e me instiga. O que se quer dizer aqui me parece ser o seguinte: «Quase não se nota a presença dos poucos turistas que costumam tirar fotos e almoçar peixe frito.»

Mas a frase «Quase não se nota sua presença, tirando fotos e almoçando peixe frito» parece então recorrer ao gerúndio para referir-se a um substantivo («os turistas») de uma frase anterior. Mesmo sendo um estilo coloquial, toda a forma de "referenciar as coisas" nesta frase me parece um pouco solta, irregular e confusa demais? Ou estou eu errado, e esta frase está corretíssima no que tange os gerúndios e sua função sintática?

Rita Medeiros Secretária Warwick, Reino Unido 40K

Sou brasileira, mas moro fora do Brasil há dez anos. Meus filhos são bilingues, falam inglês e português.

Quero que eles continuem fluentes no português, mas que também leiam e escrevam. Para isso lhes ensino português em casa.

Já estou ensinando os verbos ser e estar para a minha filha.

E no outro dia me deparei com o seguinte exercício:

«Às vezes, _______ ingênuos. (somos/estamos).»

Ela me respondeu: «Às vezes, estamos ingênuos.»

O que na hora eu disse: «Está errado, o certo é "às vezes somos ingênuos".»

Então o argumento começou aí, pois eu tinha explicado a ela que quando usamos às vezes, hoje, ontem, etc. (qualquer fator que indique tempo), usamos o verbo estar.

Mas nesse caso tinha de ser o verbo ser e não consegui encontrar uma explicação.

Poderiam me explicar?

Fernanda Neves Técnica judiciária Rio de Janeiro, Brasil 8K

A que classe de palavras pertence o vocábulo curiosamente, e qual sua função sintática?

Sônia Maria Peroni Ramos Brambila Professora Vila Velha, Espírito Santo, Brasil 3K

Gostaria de saber se na construção «Das ciências à Arte», usando a palavra ciências como trajetória, percurso decorrido, tenho de usar a palavra ciência no singular ou posso usá-la no plural, uma vez que quero falar das ciências como «soma dos conhecimentos práticos que servem para um determinado fim» (I. Português – Dicionários I. Luft, Celso Pedro, 1921).

António Pinho Professor do ens. sec. (apos.) Viana do Castelo, Portugal 7K

Gostaria de saber se no português brasileiro já não são usadas as construções do tipo «contactá-lo-emos» e «ter-vo-las-íamos enviado» (às quais me habituei a chamar sandes simples e mistas, respectivamente, ao ensinar Português a estrangeiros). São complicadas, lá isso são, mas às vezes dão jeito, pelo menos para que o/a interlocutor/a saiba que não está comunicando com um zé-ninguém...

Flávio Amorim Estudante de Informática Covilhã, Portugal 5K

Gostava de saber o que é complexidade sintáctica e como pode aumentar/diminuir a dificuldade de leitura/compreensão de um texto/frase.

Precisava desta informação para um trabalho de inteligência artificial.

Miguel Arroz Eng. informático Lisboa, Portugal 8K

Vi no vosso site que «tem que ver» é a expressão correcta, dado que «tem a ver» usa a sintaxe francesa. No entanto, não encontrei uma explicação sobre a origem da expressão «tem que ver», ou seja, o que é que a expressão está a abreviar. Porque é que se usa o que e não o a?

Isabel Dias Editora Lisboa, Portugal 7K

Li recentemente o seguinte título: «Itália proíbe pais de baptizar filhos de "Sexta-feira".» É correcta a expressão «baptizar de...»

Não é mais correcto: «baptizar "Sexta-feira"»?

Obrigada.